quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Ex-tesoureiro do PT nega desvios em cooperativa habitacional

O ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, negou ter desviado dinheiro da cooperativa habitacional Bancoop em favor de campanhas do PT, em depoimento prestado à Justiça de São Paulo na tarde desta quarta-feira (4). Segundo o promotor José Carlos Blat, o caso Bancoop serviu de "embrião" para outros escândalos , em alusão ao caso Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Na Lava Jato,Vaccari já foi condenado a 15 anos de prisão e é réu em outros dois processos. Preso em Curitiba (PR) sob a acusação de ter intermediado propinas para o PT resultantes de contratos da estatal de petróleo, Vaccari foi convocado pela 5ª Vara Criminal de São Paulo para ser interrogado em ação penal iniciada no Judiciário paulista em 2010 na qual ele e outros ex-dirigentes da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) foram acusados de lavagem de dinheiro e estelionato com dinheiro dos cofres da cooperativa. Vaccari foi ouvido pela juíza Cristina Ribeiro Costa por cerca de duas horas e negou a prática de quaisquer crimes, segundo o advogado dele, o criminalista Luiz Flávio Borges D'Urso. "Inexiste qualquer doação da Bancoop para qualquer partido político. Isso é sonho do Ministério Público, que não se comprova em momento algum", disse D'Urso. O criminalista afirmou que a defesa fez uma auditoria pericial que mostra que não houve desvios na cooperativa. O promotor responsável pela denúncia contra Vaccari, José Carlos Blat, disse que o ex-tesoureiro do PT mentiu aos negar as acusações. "A cooperativa foi usada para causar prejuízos a mais de três mil famílias e favorecer esquemas criminosos. A Bancoop, como organização criminosa, serviu de embrião para outros escândalos que estamos vendo estourar Brasil afora", disse Blat em alusão à operação Lava Jato. Com os interrogatórios dos réus, a ação criminal relativa à Bancoop chegou em sua fase final. Na Lava Jato, Vaccari já foi condenado pelo juiz federal Sergio Moro a 15 anos de prisão em uma das três ações penais nas quais é réu sob a acusação de ter intermediado propinas ao PT resultantes do esquema criminoso na Petrobras.

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