sábado, 14 de novembro de 2015

Estado Islâmico reivindica ataques em Paris e diz que França continua "no topo da lista"


A facção extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou neste sábado (14) os ataques coordenados de sexta, que deixaram ao menos 129 mortos em Paris, e afirmou que a França e seus partidários continuariam "no topo da lista" de seus alvos. Em um comunicado online, a milícia disse que oito militantes armados com cinturões de explosivos e armas automáticas atacaram alvos cuidadosamente escolhidos na "capital do adultério e do vício", incluindo um estádio de futebol onde a França disputava um amistoso com a Alemanha. Outro alvo atacado foi a casa de show Bataclan, onde uma banda de rock americana se apresentava e "centenas de apóstatas participavam de uma festa adúltera". "O cheiro fétido da morte não abandonará seus narizes enquanto continuarem na linha de frente da campanha dos Cruzados, ousarem blasfemar nosso profeta, estimularem uma guerra contra o islã na França e atingirem muçulmanos nas terras do califado com aviões que não tinham nenhuma utilidade para vocês nas ruas e vielas podres de Paris", afirmou. A França faz parte da coalizão liderada pelos Estados Unidos que tem atacado o Estado Islâmico na Síria e no Iraque desde o ano passado. Extremistas atacaram o país no passado por o considerarem muito tolerante com um discurso que vêem como ofensivo ao islã. A alegação foi feita em declarações em árabe e francês divulgadas na internet. Partidários também circularam um áudio lido por um locutor não identificado cuja voz se parece muito com a de um homem da rádio do EI Al-Bayan. Os comunicados não informaram as nacionalidades ou deram qualquer outra informação sobre os agressores. Previamente, o presidente da França, o esquerdista socialista omisso François Hollande, culpou o Estado Islâmico pelo massacre e prometeu retaliar. A polícia antiterrorismo francesa trabalha para identificar os potenciais cúmplices. As autoridades disseram que oito militantes morreram, sete deles em ações suicidas, uma nova tática na França. A polícia afirmou ter matado com disparos o outro. A França tem estado sob tensão desde os mortíferos ataques de extremistas islâmicos, em janeiro, contra o semanário satírico Charlie Hebdo e um supermercado judaico kosher, que deixaram 17 mortos. Esses ataques foram reivindicados pela Al-Qaeda.

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