domingo, 8 de novembro de 2015

Empresários de refeições coletivas buscam saídas para crise


Nos últimos meses, os empresários de refeições coletivas viram o preço dos alimentos alavancar. Dados da Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (Aberc) mostram que o setor teve uma queda entre 8% e 10%, se comparado ao ano passado, quando fornecia todos os dias 12,2 milhões de refeições. Para um dos maiores especialistas em Food Service do País, Enzo Donna, quem não se preparou para novas oportunidades, para criar outros tipos de serviço, passa por grandes dificuldades. As tendências do setor de refeições coletivas para o próximo ano foram debatidas no 3º Seminário Nacional de Refeições para a Coletividade da Região Sul (Senarc), realizado, na última quinta-feira, 5, na Vila Germânica, em Blumenau. O mercado de refeições industriais não está muito otimista devido ao momento econômico. No entanto, a terceirização da alimentação escolar nas escolas estaduais em Santa Catarina, fornecida pelas empresas Nutriplus e Grupo Risotolândia, foi bastante elogiada pelos órgãos públicos que gerenciam o serviço. Segundo Donna, 2016 não será um ano tão difícil quanto 2015, mas ainda assim serão dias complicados para os empresários. “Em 2017 esperamos que a situação melhore, mas dependemos de uma solução política. Sem a resolução do problema político, não tem solução econômica. Isso está mais do que claro”, disse. Entre as saídas para reduzir gastos, o chef Alexandre Bressanelli sugere o controle do desperdício. “Diariamente são jogadas no lixo 15% da produção de alimentos. É um número assustador. Por isso é necessário ter uma oferta de produtos assertiva. Fazer uma pesquisa com os clientes e colaboradores para saber o que é bem consumido e o que não é aceito. Assim, o corte não será de pessoas ou custos precisos, mas de desperdício, aumentando a produtividade sem descuidar da qualidade". O reconhecimento da qualidade das refeições foi feito durante o 3º Seminário Nacional de Refeições para a Coletividade da Região Sul, realizado em Blumenau. O evento também falou dos desafios que os empresários de alimentação industrial devem enfrentar no próximo ano. O diretor de apoio ao estudante da Secretaria de Estado da Educação, Osmar Matiola, participou do evento e afirmou que o processo de terceirização da merenda escolar já está consolidado no Estado. Ele disse que são servidas 380 mil refeições por dia, nas 1100 escolas estaduais e o número cresce a cada dia. Entre as vantagens, segundo ele, estão a qualidade e a segurança alimentar das refeições servidas. “Com a presença das empresas especializadas a gente consegue atender com muito mais segurança todos os alunos, inclusive os que têm restrições alimentares, como por exemplo, os celíacos, os diabéticos e os intolerantes a lactose. As empresas fornecem um cardápio individualizado para essas pessoas sem perder a interação com os demais estudantes, assegurando a qualidade nutricional a todas igualmente”, justificou. A secretária de Educação de Blumenau, Helenice Glorinha Machado Luchetta, destaca que um dos fatores positivos pró terceirização da alimentação é a qualidade do que será consumido. “A alimentação é um fator básico para a garantia da saúde. Por isso, a terceirização da merenda com uma empresa que tem equipe especializada, nos dá a garantia de qualidade e segurança alimentar. Todo o cardápio é acompanhado por nutricionistas que sabem exatamente as quantidades indicadas de cada ingrediente para uma alimentação saudável e dentro dos padrões considerados ideais”, pontua.

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