domingo, 15 de novembro de 2015

Bolsonaro pode deixar o PP para concorrer à Presidência em 2018


Em Cuiabá para participar do encontro partidário do Partido Progressista (PP) na AMM (Associação Mato-grossense dos Municípios), o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) revelou que pode deixar a sigla para concorrer à Presidência da República nas eleições de 2018. Ainda revelou que outras legendas têm lhe oportunizado espaço para viabilizar o projeto de concorrer ao Palácio do Planalto. O PP é o partido que detém o maior número de parlamentares investigados pelo Supremo Tribunal Federal pela suspeita de participação no esquema de desvio de dinheiro da Petrobrás, conhecido como Petrolão, que envolve a cifra de bilhões de reais. “Se não mudar a cúpula, e encontrar uma maneira de sair sem perder o mandato, eu saio. É como um casamento, se um homem for um bandido a mulher se separa, o que nesta circunstância é autorizado até pela Bíblia. O PSC e o PHS já sinalizaram que são simpáticos a minha filiação”, disse. Bolsonaro ainda declarou que, se eventualmente sair candidato à Presidência da República nas eleições de 2018, vai firmar o compromisso de falar a verdade e não de unicamente ganhar a qualquer custo como disse para, logo em seguida, criticar a última campanha eleitoral da presidente da República, Dilma Rousseff (PT). “Não estou preocupado em ganhar. Não vou trair minha consciência. Não vou ser o Bolsonaro paz e amor a exemplo de Lula e Dilma. Lula admitiu recentemente que o PT mentiu para ganhar a eleição de 2014. E agora, veja o resultado desastroso disso na economia e a roubalheira que o PT institucionalizou com a Petrobrás para ter tudo aprovado na Câmara dos Deputados”, disse. O parlamentar classificou de chefe de quadrilha o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a atual presidente Dilma Rousseff, ambos do PT. “O chefe da quadrilha são Dilma e Lula. São eles que lideram uma organização criminosa chamada PT”, disse. Em sua avaliação, ambos são responsáveis diretos pela corrupção desenfreada no Brasil revelada agora com o esquema do "Petrolão", desvio bilionário da Petrobrás, e pela crise econômica que se reflete no desaquecimento do PIB (Produto Interno Bruto): “A roubalheira que está aí no Brasil é responsabilidade de Lula e foi implementada por Dilma Rousseff". Embora seja favorável ao impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), Bolsonaro não acredita que o PT e seus aliados deixem o poder de forma pacífica. O parlamentar acredita que o grupo de Dilma seja capaz até de recorrer a luta armada para se manter no poder: “Se aprovarmos o impeachment, não acredito que saiam sem resistir e sem nos lançar a uma aventura semelhante a luta que eles mesmo nos lançaram como em 1966”. Ele disse acreditar que os rumos da economia decidirão o futuro político do Brasil: “Estamos tendo 3 mil demissões por dia. Os pobres que aplicam dinheiro na poupança tem sacado R$ 5 bilhões mensais e são milhares vivendo de seguro desemprego”.

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