quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Primo de Richa e auditores têm bens bloqueados por suspeita de corrupção


Auditores fiscais, empresários e um primo do governador do Paraná terão os bens bloqueados por ordem da Justiça Estadual, por suspeita de corrupção. A decisão é um desdobramento da Operação Publicano, que investigou um esquema milionário de cobranças de propinas na Receita Estadual do Paraná, em troca da anulação de dívidas tributárias. Um primo do governador Beto Richa (PSDB), Luiz Abi Antoun, é apontado como um dos líderes, por dar "estabilidade e segurança" à cobrança de propina. Agora, uma ação civil de improbidade administrativa, ajuizada na semana passada, pediu o bloqueio de R$ 1,4 milhão por acusado, a fim de garantir a restituição dos cofres públicos em caso de condenação. São 44 requeridos, entre auditores fiscais, empresários, contadores, laranjas e o primo de Richa. O pedido foi acatado pela Justiça na segunda-feira (19). O Ministério Público também pede a perda de função dos auditores fiscais, a cassação de aposentadorias concedidas aos servidores e o pagamento de uma multa de R$ 36,4 milhões, por dano moral coletivo. A ação civil diz respeito somente à cobrança de propinas no ramo do vestuário. Em breve, outros processos devem ser ajuizados, relativos aos demais setores atingidos pelo esquema (como moveleiro, calçados, autopeças, supermercados e frigoríficos). A Operação Publicano foi deflagrada em março deste ano pelo Ministério Público e rendeu acusações criminais por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os investigadores estimam que o esquema existia havia 30 anos e faturava R$ 50 milhões anualmente.

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