sábado, 31 de outubro de 2015

Bill Clinton se junta a multidão em Tel Aviv para homenagear a memória de Yitzhak Rabin


Dezenas de milhares de israelenses se reuniram na noite deste sábado em Tel Aviv na presença do ex-presidente americano Bill Clinton para honrar a memória de Yitzhak Rabin, assassinado há vinte anos por um extremista de direita judeu. Segundo a polícia, entre 50.000 e 60.000 pessoas estiveram presentes na homenagem ao ex-primeiro ministro israelense, morto dois anos após ter assinado os acordos de Oslo. "A próxima etapa dessa viagem maravilhosa por Israel é decidir que Yitzhak Rabin tinha razão, que vocês devem compartilhar seu futuro e que devem defender a paz", disse Clinton, que assistiu na Casa Branca a assinatura dos acordos por Yitzhak Rabin e Yasser Arafat. Recebido como verdadeiro herói, com muitos aplausos ao subir na tribuna, Bill Clinton disse: "Vocês todos devem decidir, quando saírem deste lugar esta noite, como terminar o último capítulo da história de Yitzhak Rabin". A cerimônia aconteceu na mesma praça onde em 4 de novembro de 1995 Yitzhak Rabin pronunciou um emocionado discurso pela paz e contra "a violência" da extrema direita. Ali, Rabin foi assassinado com três tiros nas costas pelo extremista judeu Yigal Amir, que cumpre pena de prisão perpétua. O presidente muçulmano americano Barack Obama pronunciou um discurso transmitido por vídeo durante a manifestação e afirmou que a "paz é necessária, pois é o único meio para garantir uma segurança duradoura para israelenses e palestinos". O presidente israelense Reuven Rivlin, também ameaçado nos últimos dias por extremistas de direita nas redes sociais, também se pronunciou: "Nós não temos medo, Israel não cederá à violência dos extremistas".

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