quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Após protesto, Cunha é homenageado pelo PMDB a portas fechadas


Um dos principais alvos da investigação da Operação Lava Jato, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi alvo nesta quarta-feira (21) de protesto no Salão Verde da Casa e teve sua saída do cargo pedida a gritos por deputados e manifestantes contrários a ele. No momento em que dava uma entrevista coletiva, o peemedebista foi interrompido por gritos de "Fora Cunha" e por perguntas sobre seu envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras. Puxaram a manifestação, entre outros, deputados e militantes do PSOL, além da deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), filha do ex-governador Anthony Garotinho e adversária política de Cunha. Ela acompanhou a entrevista por um tempo e a interrompeu por duas vezes perguntando quando Cunha irá renunciar, além de afirmar que ele esconde um patrimônio milionário no exterior. O presidente da Câmara ficou calado, deixando transparecer certo constrangimento. A entrevista foi encerrada momentos depois debaixo de gritos e vaias contra ele. Manifestantes repetiram o bordão "o povo merce respeito", usado por Cunha em seu programa evangélico de rádio. Momentos antes da entrevista de Cunha no Salão Verde –o principal da Câmara dos Deputados, porta de entrada do plenário–, o PSOL havia liderado um protesto pela saída de Cunha. Diante da notícia de que o presidente da Casa seria homenageado naquele instante pela bancada do PMDB, que iria inaugurar a sua foto na galeria dos ex-líderes da bancada, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) exibiu um cartaz com pessoas que, segundo o partido, mereciam uma verdadeira homenagem. Após ter a entrevista encerrada, Cunha seguiu direto para a Liderança do PMDB, onde foi homenageado por parte da bancada do partido a portas fechadas. Do lado de fora foi possível escutar um breve discurso e palmas. A solenidade teve o objetivo de inaugurar a foto de Cunha na galeria dos ex-líderes da bancada do PMDB. "Essa é uma Casa democrática, todos têm o direito de se manifestar", se limitou a dizer Cunha na saída da homenagem recebida no gabinete da liderança do PMDB.

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