quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Aliado de Eduardo Cunha assumirá Ministério da Ciência e Tecnologia


A presidente Dilma Rousseff cedeu mais uma vez ao PMDB e aceitou o nome do deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) para o Ministério da Ciência e Tecnologia. A indicação foi do líder do partido da Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que também apontou o deputado Marcelo Castro (RJ) para a Saúde e aumentou o naco do PMDB na Esplanada. O partido do vice-presidente Michel Temer passou de seis para sete pastas no governo. Na manhã desta quinta-feira (1º), Dilma se reuniu com Temer e afirmou que não estava satisfeita com o nome de Pansera para Ciência e Tecnologia. A presidente queria alguém de "mais peso político" para ajudar nas votações no Congresso, principalmente na aprovação do ajuste fiscal e na tentativa de evitar a abertura de um processo de impeachment contra seu mandato. Temer, por sua vez, afirmou que não indicaria novos nomes e que a presidente teria que acertar o tema com Picciani. Dilma ofereceu a pasta para os ministros Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), ambos do PMDB. Os dois, no entanto, recusaram o convite e vão permanecer onde estão. Sem alternativas, a presidente recebeu Picciani no início da noite desta quinta, acompanhado por Pansera e Castro, para acertar as indicações. Após a reunião com o vice, Dilma seguiu para o Palácio da Alvorada, onde almoçou com o ex-presidente Lula X9 (ele delatava companheiros para o Dops paulista, durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de reputações"). Lula foi quem mais pressionou a presidente para fazer uma reforma ministerial com lastro político, trocando o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, por Jaques Wagner (Defesa), e dando mais espaço ao PMDB. Além da Ciência e Tecnologia, a pasta da Saúde também passará para as mãos de um peemedebista, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). Interlocutores de Dilma afirmam que Miguel Rossetto e Benedita da Silva (PT-RJ) deverão ser anunciados nessa sexta-feira como ocupantes, respectivamente, dos ministérios da Previdência, Trabalho e Desenvolvimento Social e da Cidadania, ministérios a serem criados a partir da fusão de pastas. O ministro Pepe Vargas estava definido para o cargo, mas o governo decidiu trocar a indicação. Nos últimos dias, também ficou definida a substituição de Aloizio Mercadante por Jaques Wagner na Casa Civil. Mercadante voltará ao cargo de ministro da Educação.

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