sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Acorda, Sartori, os fiscais da Secretaria da Fazenda estão te fazendo de bobo, de otário

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), que começou seu governo sem qualquer plano estratégico para enfrentar a violenta crise financeira do Estado, assim como todos os outros governadores anteriores do PMDB gaúcho, está sendo enganado e transformado em otário pelos fiscais da Secretaria da Fazenda. Todos os quatro governos gaúchos peemedebistas, até agora, foram marcados por gestões tão somente fiscalistas, com a predominância total do pensamento corporativista dos fiscais da Fazenda. É como se os fiscais fossem os verdadeiros formuladores de teoria do desenvolvimento, econômica e financeira do PMDB. Mas, esses fiscais da Fazenda não sabem fazer outra coisa senão propor aumento de impostos. Foi assim em todos os governos peemedebistas anteriores, e continua sendo assim agora. Não era preciso fazer aumento algum de imposto para melhorar as condições financeiras do Rio Grande do Sul, e José Ivo Sartori foi avisado disso. Mas, ele preferiu dar ouvidos à conversa corporativista dos fiscais. Mesmo que optasse por não tomar medidas mais radicais (que eram necessárias, continuam sendo necessárias, mas não serão tomadas, já se viu isso), Sartori poderia ter resolvido os problemas financeiros do Estado ouvindo a Secretaria da Fazenda, mas não os fiscais, e sim os técnicos do Tesouro do Estado. A solução estava e está em fazer uma coisa que a Secretaria da Fazenda deixou de fazer, que é a fiscalização das atividades econômicas. A coisa chegou a um tal ponto escandalizante que, em plena reunião no gabinete de Sartori, diante de outras autoridades do governo, o sub-secretário da Fazenda, o fiscal do ICMS Luiz Antonio Bins, não se constrangeu em dizer que o seu pessoal "não tem a cultura da fiscalização". Que tal, não é mesmo fantástico? Quer dizer, então, que fiscais não têm a embocadura da fiscalização. Assim sendo, para o que eles servem? Ora, aí está a razão das dificuldades das finanças do Rio Grande do Sul. Se fiscais fizessem o seu serviço, a arrecadação seria maior, e não seria necessário aumento de impostos e nem mais sacrifícios para a população gaúcha. Mas, fiscais preferem ficar em suas salas climatizadas, pilotando suas cadeiras de rodinhas, que é para não fazerem qualquer esforço. E olhem que eles ganham gordas gratificações para o uso do veículo próprio. Entrentanto, o único uso em trabalho desses veículos particulares é de casa até o estacionamento em vagas quase privativas dentro da área do porto de Porto Alegre reservadas à Secretaria da Fazenda. Está evidente que a coisa não pode ficar assim. Sartori precisa colocar esses marajás a trabalhar, e não pode cair no conto da compra de mais um sistema informatizado de fiscalização. Já se viu o resultado desse tipo de atitude. Além de tudo, José Ivo Sartori, que está sendo feito de otário pelos fiscais do ICMS da Secretaria da Fazenda, deveria ter um olho atento sobre os gastos desse órgão do governo com "informática". Os gastos da Secretaria da Fazenda com informática são assustadores, embora a secretaria comande a Procergs (Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul), 90% dos gastos são com empresas da área de informática, sub-dividido em dois ou três projetos. Todos os contratos foram assinados durante o governo do peremptório petista "grilo falante" e poeta onanista e tenente artilheiro Tarso Genro. Veja os dados:
Unidade Valor Empenho Valor pag/retenc 
PROCERGS R$ 13.566.128,65 R$ 15.310.064,79 
ACECO TI S/A R$ 14.293.949,62 R$ 14.291.452,12 
BIGDATA INFORMATICA LTDA R$ 9.499.500,00 
PHOENIX INFORMATICA LTDA R$ 5.501.070,00 
QUALIDADE RS PGQP R$ 1.006.324,57 
COMDADOS R$ 787.407,00 
FDRH R$ 565.000,00 R$ 543.107,93 
SADENCO SUL AMERICANA R$ 292.948,85 R$ 495.578,39 
NUMERIA INFORMATICA LTDA R$ 470.423,33 R$ 104.006,56 
STEFANINI INFORMATICA S/A R$ 484.022,27 R$ 26.214,85 
DRG TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA R$ 400.626,00 R$ 399.819,10 
THYSSENKRUPP ELEVADORES S A R$ 375.376,72 R$ 19.215,07 
G4S MONITORAMENTO E SISTEMAS R$ 351.881,87 
INTEROP INFORMATICA LTDA R$ 324.011,48 R$ 350.607,87 
ENCLIMAR R$ 287.192,99 R$ 115.838,23 
FUHR ENGENHARIA LTDA R$ 243.800,00 
IPE R$ 185.028,80 R$ 81.264,68 
STATSOFT SOUTH AMERICA R$ 140.188,61 R$ 168.820,74 
PILLATEL R$ 163.122,74 R$ 163.122,74 
ALO SERVS EMPRESARIAIS LTDA R$ 130.986,68 R$ 160.900,22 
MICROSOFT INFORMATICA LTDA R$ 97.394,96 R$ 120.503,59 
DATEN TECNOLOGIA LTDA R$ 122.418,90 
CRYO TECHNOLOGIES LTDA R$ 85.555,00 R$ 77.726,71 
CLARO S/A R$ 63.600,00 
DBSERVER ASSESS R$ 62.544,24 R$ 56.379,49 
ESTRELAR SIRIUS R$ 59.998,00 
MOSER INFORMATICA LTDA R$ 62.328,00 R$ 69.683,88 
SERPRO R$ 131.398,29 R$ 55.992,21 
TECHNE ENGENHARIA E SISTEMAS R$ 693.975,84 R$ 614.576,40 
TRACE SISTEMAS LTDA R$ 93.424,00 R$ 115.109,07 
R$ 48.273.595,07 R$ 35.608.016,98

Caraca.... tudo isso é contratado da Fazenda. Então para que o Estado tem uma companhia de processamento de dados, se manda fazer tudo fora, com empresas contratadas? É uma fortuna. Mais estranho ainda, em plena e gigantesca crise financeira do Estado, quando o governo gaúcho não tem dinheiro para pagar salários de seus funcionários, os fiscais do ICMS da Secretaria da Fazenda empenham e pagam em três dias dez milhões a uma empresa referente a data center instalado na Procergs. É inacreditável, porque a função exata da Procergs é funcionar como data center do Estado. E os fiscais do ICMS da Secretaria da Fazenda, que deveriam estar a campo, fiscalizando, dizem que são programas para o combate da sonegação. Entretanto, quando descobrem alguma coisa, então os fiscais do ICMS dizem que farão um estudo para o quanto e onde está sendo sonegado o Estado. Os valores acima referem-se a pagamentos efetuados até setembro deste ano. E assim fica explicado porque os fiscais não fiscalizam, eles colocam os programas a rodar.... A propaganda do Sindifisco no canal 36 demonstra bem isso. Veja o vídeo do Sindifisco: 


Viram o fiscal na sua cadeira de rodinha bem na abertura do video?
A Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul tem 620 fiscais na ativa. Vocês querem saber quantos desses fiscais estão lotados na "auditoria"? Pois é.... apenas 60. Que tal? Não é mesmo um espanto? Sartori, deixa de ser otário, reage, começa a fiscalizar os fiscais, cobrar o resultado do trabalho deles, pelo qual são remunerados como autênticos marajá. Agora vem aí o tal projeto Big Data, da fiscalização. O projeto BigData envolveu gastos de 50 milhões até agora: 14 milhões da compra da solução e 36 milhões para reformas na Procergs para receber os equipamentos. A montagem e configuração levam de seis a 12 meses. Quem desenvolveu esse sistema de fiscalização do Big Data? Foi licitado? Quando? Por quanto? Tudo exige respostas nesse campo, e a Secretaria da Fazenda não dá satisfações ao distinto público, ao qual só sabe impor aumento de imposto. Sartori, mete o dedo a fundo na Secretaria da Fazenda, tem coisas muito erradas por lá. Não se deixe fazer de otário pelos fiscais do ICMS.

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