sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Juiz Sérgio Moro autoriza que o lobista Milton Pascowitch deponha na CPI dos Fundos de Pensão

Em despacho expedido na quinta-feira (10), o juiz Sergio Moro autorizou o deslocamento do lobista Milton Pascowitch a Brasília para prestar depoimento na próxima terça-feira (15) à CPI dos fundos de pensão da Câmara dos Deputados. O lobista foi indiciado por suspeita de desvios em contratos da Petrobras investigados pela Operação Lava Jato. Em depoimento à Polícia Federal, em julho, ele reconheceu que intermediou o pagamento de propina ao PT e ao ex-ministro da Casa Civil, o bandido petista mensaleiro José Dirceu, chamado de "guerreiro do povo brasileiro" pelos petistas, para garantir contratos da empreiteira Engevix com a Petrobras. Na semana retrasada, a CPI aprovou a convocação também do ex-ministro da Casa Civil, o bandido petista mensaleiro José Dirceu. O presidente da comissão de inquérito, Efraim Filho (DEM-PB), pretende ouvir ainda neste mês o petista em Curitiba, onde ele está preso na carceragem da Polícia Federal. Em relatório divulgado na semana passada, a Polícia Federal aponta que a Jamp Engenheiros Associados, que pertence ao lobista, fechou dois contratos que somam R$ 3,4 milhões com a Engevix relacionados ao levantamento de fundos de previdência e obtenção de recursos junto a fundos de pensão. Em depoimento, o lobista afirmou que a Jamp realizou em 2011 repasse de R$ 1 milhão à empresa JD Assessoria e Consultoria, que pertence ao bandido petista mensaleiro e "guerreiro do povo brasileiro", e que pagou despesas pessoais do ex-ministro e de seus familiares com dinheiro recolhido de contratos de fornecedores prestadores de serviços da Petrobras. Um dos contratos presentes no relatório da Polícia Federal é de assessoria para a Desenvix, que pertencia até julho deste ano ao grupo Engevix e que tem como um de seus acionistas o Funcef, fundo de previdência da Caixa Econômica Federal, que detém participação de 18,7% da empresa. Em 2009, a Funcef realizou investimento de R$ 260,67 milhões no fundo de investimento em participações da Desenvix. Segundo auditoria interna da empresa, a qual a comissão de inquérito teve acesso, procedimentos importantes, no entanto, "não foram observados no momento da avaliação inicial do investimento".

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