terça-feira, 8 de setembro de 2015

Dilma, o remédio amargo, a canalha disfarçada de jornalista e ex-jornalistas com vestes de canalha

Atenção, caros leitores! Cada um escreva e pense o que quiser. O que se espera é um mínimo de coerência em respeito aos leitores. Em abril do ano passado, espalhou-se a versão de que o senador Aécio Neves (PSDB-MG), se eleito presidente da República, estaria disposto a administrar um “remédio amargo” na economia se necessário fosse. Nem sei se aconteceu mesmo. Consta que alguém perguntou: “E se for preciso?”. E o tucano teria dito o que diria qualquer pessoa lógica: “Bem, se for preciso…”. Insisto: nem sei se aconteceu. Mas foi o que bastou para a canalha financiada disfarçada de jornalista e para ex-jornalistas, envergando as vestes de canalha financiada, sair propagando por aí: “Ah, o tucano quer remédio amargo… Amargo para quem? Só o povo vai pagar o pato… Olhem aí o que a oposição pretende fazer…”. E, por um bom tempo, este tema pautou a imprensa e a subimprensa. Dilma não teve a coragem de fazer, neste ano, um pronunciamento de Sete de Setembro. Pela primeira vez, um presidente da República se abstém de tal, como direi?, imposição cívica. Quis evitar panelaço. Povo, para Dilma, hoje em dia, só depois de selecionado pelas forças de segurança e devidamente contido dentro de um engradado de aço. A presidente optou pela gravação de um vídeo, divulgado nas redes sociais. Como o decoro não é o forte da turma, até a crise migratória que atinge a Europa foi o tema. Onde houver uma desgraça, os petistas a tomam de empréstimo para tentar minimizar os próprios desastres.
Um trecho merece destaque. Leia:
“Se cometermos erros, e isso é possível, vamos superá-los e seguir em frente. Quero dizer a vocês: alguns remédios para essa situação, é verdade, são amargos, mas são indispensáveis. As medidas que estamos adotando são necessárias para botar a casa em ordem, reduzir a inflação, por exemplo, nos fortalecer diante do mundo e conduzir, o mais breve possível, o Brasil à retomada do crescimento. Podemos e queremos ser exemplo para o mundo, exemplo de crescimento econômico e valorização das pessoas.” Ah, entendi… Então Dilma é que terá de administrar “remédios amargos”. Também nesse caso, o que se atribuiu a Aécio era uma intenção secreta da governanta que disputava a reeleição. A canalha financiada disfarçada de jornalista e ex-jornalistas com vestes de canalha financiada apostam na memória curta do povo e da imprensa. Não aqui. No dia 19 de setembro, em entrevista coletiva, afirmou a então candidata do PT, referindo-se a 2015, depois de uma entrevista a uma TV: “Eu não acredito em ano de remédio amargo. Nós seguramos a crise com salário, emprego e investimento. No Brasil, nós temos perspectivas de aumentar a taxa de investimento e não temos uma baixa produtividade do trabalho. A vantagem é que, se der uma fresta, a gente cresce, essa é a vantagem, porque eu não diminui o investimento”. No dia 18 de outubro, durante o horário eleitoral do segundo turno, Lula apareceu na campanha de Dilma e disse a seguinte pérola: “Pedi uma reflexão para alertar que aqueles que diziam que era impossível nascer um novo Brasil são os mesmos que tentam voltar agora e dizem que têm um remédio para todos os males do Brasil. Pode estar certo que qualquer remédio deles tem o gosto amargo do desemprego, do arrocho salarial e da falta de oportunidades”.

É evidente que Dilma cometeu crimes de responsabilidade. E em penca. Mas, ainda que não fosse assim, deveria cair fora. Não é possível que não haja sobrado nem mesmo um resquício de senso de ridículo e da boa e velha vergonha na cara. E o que faz nessa hora a canalha financiada disfarçada de jornalista? Ora, continua disfarçada, recebendo o capilé das estatais, que financia a sua sem-vergonhice. E o que fazem os ex-jornalistas, com vestes de canalha financiada? Ora, continuam disfarçados, vendendo mistificações baratas e enterrando no opróbrio o que lhe resta de reputação. Ainda bem que o Brasil está mudando e que essa gente, queimando os últimos neurônios, não tem reposição. Por Reinaldo Azevedo

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