quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Defesa do tesoureiro petista João Vaccari pede "absolvição sumária" em processo da Lava Jato


O ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, pediu, através de seus advogados, a absolvição sumária da ação em que é acusado, ao lado do ex-ministro e bandido petista mensaleiro José Dirceu, de receber propina desviada pela Engevix. Em resposta à acusação apresentada pelo Ministério Público Federal no início de setembro, a defesa do petista alega que não há provas que liguem Vaccari ao caso. De acordo com as investigações, metade das propinas acertadas pela Engevix com o ex-diretor de Serviços da estatal, o petista Renato Duque, era destinada ao PT, por meio de doações operacionalizadas por Vaccari e para o ex-ministro. O valor de corrupção envolvido nesses atos foi estimado em R$ 60 milhões. Na petição, o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso defende que não há nenhuma prova da participação de João Vacarri no esquema. D’Urso disse que as acusações estão sendo fundamentadas “apenas” na delação do operador Milton Pascowitch. “A própria acusação não consegue definir por quantas vezes supostamente o acusado teria praticado corrupção passiva”, exemplificou o criminalista em defesa do petista. A denúncia foi aceita pelo juiz Sérgio Moro na segunda semana de setembro e transformou Vaccari, José Dirceu e outros 13 envolvidos em réus na Lava-Jato. Na semana passada, o ex-tesoureiro foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação que investiga outras irregularidades em contratos assinados pela Diretoria de Serviços da Petrobras. 

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