sábado, 26 de setembro de 2015

Cúpula do PMDB defende ruptura com o PT em São Paulo


A cúpula do PMDB defendeu neste sábado (26), durante cerimônia de filiação da senadora Marta Suplicy ao partido, a ruptura com o PT em São Paulo. Na chegada ao Teatro Tuca, em São Paulo, integrantes do comando do PMDB afirmaram que o partido terá candidato próprio na disputa pela prefeitura de São Paulo, em 2016. "Teremos candidato à prefeitura", afirmou o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia), ex-governador do Amazonas. Vice-presidente do partido, o senador Valdir Raupp (RO) disse que a presença de líderes nacionais é o indício de que o PMDB romperá com o prefeito Fernando Haddad (PT). Já o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), propôs neste sábado lançamento de candidatura própria para prefeituras e para a Presidência. Ele foi objeto de aclamação no evento um dia depois de mais um delator da Operação Lava Jato, Fernando Baiano, ter dito que Eduardo Cunha recebeu propina do Petrolão do PT, o que o deputado nega. "Chega de viver a reboque (do PT). Time que não joga não tem torcida", disse Cunha. O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), destacou que o "Brasil vive a maior crise política e econômica desde 1964". Em seu discurso, Marta afirmou que o PMDB é amplo: "Sinto que caibo aqui". O presidente da República em exercício, Michel Temer, também participou da cerimônia de filiação de Marta ao partido. O ministro de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (PCdoB), compareceu à filiação de Marta. "Vim prestigiar o PMDB. Somos aliados do PT", disse Aldo. Além do PCdoB, PTB e PSD enviaram representantes ao evento. Disposto a concorrer, o secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita, afirmou que "o PMDB é um partido que não tem dono". Já o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), destacou que o Brasil vive hoje um desafio. Representantes do PSDB também estiveram na filiação, como Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo. Haddad tentou convencer o PMDB a não lançar a ex-petista na disputa pela prefeitura. Temendo que o eleitorado tradicional do PT possa migrar para Marta, o prefeito decidiu investir na bancada de vereadores peemedebistas e nos integrantes do diretório municipal do PMDB para impedir que eles escolham a senadora como candidata à prefeitura no ano que vem. Haddad teve uma reunião dura com os quatro vereadores do PMDB de São Paulo. No encontro, chegou a apelar para que os vereadores apoiassem a candidatura de Chalita à Prefeitura, no lugar de Marta. Ainda segundo dois participantes do encontro, Haddad disse que não é "trouxa" e ameaçou lançar cinco candidatos para disputar com os vereadores do PMDB em seus redutos.

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