quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Polícia Federal prende ex-vereador do PT na 18ª fase da Operação Lava Jato, e faz busca e apreensão no escritório de advocacia Portanova, em Porto Alegre

Cerca de 70 policiais federais deflagraram nesta quinta-feira (13) a 18ª fase da Operação Lava Jato com o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão em Brasília, Porto Alegre, São Paulo e Curitiba. Nesta ação, a Polícia Federal prendeu o ex-vereador petista Alexandre Oliveira Correa Romano, de Americana (SP). Ele foi alvo de um mandado de prisão temporária, que tem cinco dias de duração. As ordens judiciais são um desdobramento da fase anterior da operação, que prendeu o ex-ministro e bandido petista José Dirceu. A operação desta quinta-feira foi batizada pela Polícia Federal de "Pixuleco II", em referência à forma como parte dos investigados chamava a propina recebida de fornecedores da Petrobras. Alexandre Romano foi detido no aeroporto de Congonhas, quando saia para uma viagem. Ele será levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. São cumpridos ainda outros dez mandados judiciais, todos de busca e apreensão. Um desses mandados foi executado no escritório de advocacia Portanova Advogados Associados, no centro de Porto Alegre. Segundo a Polícia Federal, esta nova fase está ligada a um operador identificado na 17ª etapa da operação. Esse novo operador é suspeito de arrecadar valores relacionados a vantagens indevidas que superam R$ 50 milhões a partir de contratos de crédito consignado junto ao Ministério do Planejamento, de acordo com as investigações. Os pagamentos ocorriam por meio de empresas de fachada, conforme a Policia Federal. Desde a última fase havia suspeitas de desvios milionários efetuados por empresas do Grupo Consist Software nesses contratos. De acordo com as investigações, a Consist foi escolhida, em um acordo de cooperação firmado entre o ministério e entidades da área, para gerir o software que faz pagamentos consignados de servidores federais. Até agora, já foi comprovado o repasse pelas empresas do Grupo Consist de cerca de 50 milhões de reais sob a falsa justificativa da prestação de serviços. Mais de 20% deste valor foi repassado, entre os anos de 2011 e 2014, à empresa Jamp Engenheiros, do operador Milton Pascowitch, e posteriormente destinados a João Vaccari Neto, que então ocupava o cargo de tesoureiro do Partido dos Trabalhadores. O restante dos valores foi transferido a empresas indicadas pelo advogado e ex-vereador petista Alexandre Oliveira Correa Romano. Batizada de "Pixuleco", a 17ª fase da operação prendeu o ex-ministro e bandido petista mensaleiro José Dirceu e outras sete pessoas suspeitas e envolvimento em crimes como corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. A Polícia Federal afirma que a empresa de José Dirceu recebeu valores indevidos de forma "oficial", por meio da JD Assessoria e Consultoria Ltda, e "extraoficial" em dinheiro em espécie. Houve casos, de acordo com a Polícia Federal, em que representantes do ex-ministro pegaram dinheiro diretamente na casa do empresário Milton Pascowitch, também investigado na Lava Jato. Para os investigadores, Pascowitch agia como um operador no esquema de corrupção. Ele teria participado do esquema de corrupção da Petrobras quando ainda estava na chefia da Casa Civil, no governo de Lula X9 (ele delatava companheiros para o Dops paulista, durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de reputações"). O nome Pixuleco era o termo usado pelo ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para designar propina. 

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