terça-feira, 4 de agosto de 2015

PESQUISA EXCLUSIVA “PINGOS NOS IS-BLOG” – Haddad é o candidato mais rejeitado: 71,5% não votariam nele; Russomanno lidera preferência, na faixa dos 33%

Se a eleição fosse hoje, quem disputaria a preferência dos paulistanos para ocupar a Prefeitura de São Paulo? É o que buscou saber o Instituto Paraná Pesquisas, em levantamento realizado entre os dias 1º e 3 de agosto, com divulgação inicial exclusiva para o programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan, e para este blog. Foram ouvidos 1.040 eleitores. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Isso significa que, se realizados 100 levantamentos, 95 dariam um resultado dentro da margem de erro.

Vamos ver. Quando os entrevistados são convidados a dizer espontaneamente em quem votariam, sem a apresentação de uma lista, a indefinição ainda é grande: 69,3% dizem não saber, e 11%, que não votariam em ninguém. Celso Russomanno (PRB) aparece, nessa lista, com 5%, seguido do prefeito Fernando Haddad (PT), com 4,8%, José Luís Datena (PP) marca 3%, e Marta Suplicy (sem partido), 2,3%. Vejam a tabela.

Pesquisa espontânea


Na pesquisa estimulada, quando o candidato do PSDB é Bruno Covas, ele marca 5,8%. Nesse caso, Russomanno aparece com 33,5%; Datena, com 22,5%; Marta com 11,6%, e Haddad, com 9,8%. Quanto o nome do PSDB é o vereador Andrea Matarazzo, este surge com 5,1% das intenções de voto. A variação dos demais é bem pequena, como se pode ver no quadro abaixo. Recentemente, o empresário João Doria Jr. anunciou que pretende disputar a convenção tucana. Obteria, segundo o levantamento, 4,2%. Também aí os demais números variariam pouco.






Grau de conhecimento
Os candidatos que também são comunicadores levam uma vantagem — que pode ser considerada desvantagem. Vamos ver. Dos pretendentes à cadeira de Fernando Haddad, Marta e Russomanno sãos os mais conhecidos. Dizem saber quem eles são 97,6% dos eleitores, contra apenas 2,4% que não sabem. Em seguida, vem Datena: 97,3% o conhecem, contra apenas 2,7% que não. Na sequência, está Bruno Covas: 60,3% a 39,7%. Há mais gente que não sabem quem é Matarazzo do que o contrário: 52,8% a 47,2%. No caso de João Doria, essa proporção é de 55,1% a 44,9%.


Esses números podem ser considerados favoráveis a Matarazzo e João Doria. Quando o candidato é muito conhecido, há menos espaço para convencer o eleitor. Por outro lado, é sabido que pode acabar elevando a rejeição, já que o eleitorado tende a confundi-la com desconhecimento. A situação de um candidato é dramática quando é muito conhecido e muito rejeitado, como é o caso de Fernando Haddad. Vejam quadro.


O prefeito é, de longe, o que apresenta os piores índices: 71,5% dizem que não votariam nele de jeito nenhum, contra apenas 5,9% que votariam com certeza. Russomanno apresenta a melhor proporção: 24,5% afirmam que certamente votariam nele, contra 29% que não fariam isso de jeito nenhum. A rejeição de Datena é bem maior: 37,5% não o escolheriam, contra apenas 13,3% que o fariam. A rejeição à ex-prefeita Marta Suplicy também é grande: 57,9% não sufragariam seu nome, mas 7% sim. As rejeições a Matarazzo e João Doria (42,4% e 45,9%, respectivamente) acabam se confundindo com o desconhecimento.

O Paraná Pesquisas quis saber também se o paulistano aprova ou desaprova as gestões de Dilma Rousseff, Geraldo Alckmin e do próprio Fernando Haddad. Pois é…

A reprovação a Dilma é brutal: nada menos de 89,1% desaprovam o seu governo, contra minguados 8,3% que o aprovam. No caso do governador Geraldo Alckmin, aprovação e desaprovação estão em empate técnico: 47% a 49,5%. A situação de Haddad também é péssima, embora um pouco melhor do que a de Dilma: desaprovam a gestão do prefeito 71,3% dos entrevistados, contra apenas 25,6% que a aprovam.




É claro que a disputa em São Paulo não está ainda nem no começo. Não se sabe, por exemplo, quem será o candidato tucano ou se Russomanno ou Datena serão mesmo candidatos. Mas esse é o retrato de hoje.

O que dá para constatar, aí sim, é que a rejeição a Fernando Haddad é brutal, só perdendo para os números estupendos de Dilma na cidade. Ocorre que ela não é candidata a nada para os paulistanos — só ao impeachment. Por Reinaldo Azevedo

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