segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O AUDITOR FISCAL APOSENTADO E ECONOMISTA DARCY FRANCISCO CARVALHO DOS SANTOS ADVERTIR, UM ANO ANTES, QUE O PEREMPTÓRIO PETISTA TARSO GENRO TINHA VENDIDO APENAS ILUSÕES PARA O FUNCIONALISMO GAÚCHO

No dia 12 de abril do ano passado, o economista Darcy Francisco Carvalho dos Santos publicou no seu blog o artigo "Venda de ilusões". Foi uma advertência na medida, porque ele percebeu na rendição dos deputados estaduais e na pressão desmedida das corporações, o futuro de dramáticos eventos que atingem agora o funcionalismo público do Rio Grande do Sul. Foi uma vitória de Pirro para o corporativismo do funcionalismo estadual gaúcho e para os políticos demagogos, populistas ou simplesmente oportunistas que aprovaram quase por unanimidade os projetos do peremptório petista grilo falante" e tenente artilheiro e poeta de mão cheia Tarso Genro. Leia tudo de novo:
"Na terça-feira passada, centenas de servidores públicos, exercendo seu direito legítimo de reivindicação, ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa para pressionar os deputados para que votassem a favor de projetos do governo que lhes concediam reajustes salariais. Sabe-se que fica difícil para um deputado de oposição votar contra um projeto de reajuste quando as galerias estão cheias de servidores pedindo por sua aprovação e vaiando qualquer manifestação em contrário. O deputado também espera que o governo, dispondo de todos os dados, possua um fluxo de caixa. Mas o governo não possui fluxo de caixa, porque, se o possuísse, não mandaria projetos criando despesa para todo o período governamental seguinte em percentuais muito superiores ao do crescimento esperado da arrecadação, quando o Estado já é altamente deficitário. Mas os senhores deputados que me perdoem. Eles não poderiam aprovar esses projetos, cuja impossibilidade de pagamento está evidente no fato de o Estado, para cobrir o déficit esperado do ano, já ter sacado R$ 5 bilhões dos depósitos judiciais, esgotando a última fonte. Então, se é para aprovar tudo o que o Executivo manda, para que Poder Legislativo? Não há dúvida de que esses reajustes não poderão ser cumpridos, qualquer que seja o candidato eleito em 2015, a menos que venda patrimônio. E, mesmo assim, pagará enquanto durar o recurso apurado nessa venda. Para cumprir todas as leis aprovadas até então, os déficits anuais no próximo período governamental ultrapassarão R$ 4 bilhões. O Estado já tem uma enorme dívida com precatórios, para cujo pagamento desembolsou, em 2013, R$ 1,4 bilhão, dos quais quase R$ 600 milhões foram pagos sem empenho. Além disso, está formando um passivo trabalhista de R$ 10 bilhões pelo não pagamento do piso nacional do magistério. Tudo isso por descumprimento de leis. Será que ainda quer criar mais precatórios? Além de tudo, estão brincando com o sentimento das pessoas. Sugiro aos servidores, especialmente àqueles de menor remuneração: não assumam compromissos financeiros contando com esses reajustes parcelados. Primeiro, porque dificilmente haverá dinheiro para pagá-los e, segundo, porque são contra a lei de responsabilidade fiscal. Gostaria de dizer o contrário, mas os fatos não permitem. Os reajustes aprovados não passam de uma venda de ilusões!"

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