terça-feira, 25 de agosto de 2015

Lula publica mensagem contra ditadura escondida em rede social; ele é acusado de ter sido colaborador da polícía política da ditadura

O ex-presidente Lula usou uma mensagem escondida em sua página no Facebook para fazer uma crítica à ditadura militar e convidar para evento sobre o tema em seu instituto. Nesta terça-feira (25), ele publicou uma receita de bolo de fubá em seu perfil. A mensagem, que parecia não fazer sentido, escondia o texto original contra a ditadura. Para vê-lo, basta clicar em "Editado". O texto escondido, escreve Lula, não poderia ser publicado em uma ditadura. A mensagem diz que "receitas de bolo, poemas e outros textos à prova de 'subversão' ocupavam os espaços vazios deixados pela censura nos jornais". Os dois únicos jornais censurados pela ditadura militar que publicavam receitas e poemas foram o Estado de S. Paulo e seu coirmão Jornal da Tarde (este já extinto). Isso ocorreu na década de 70. Nessa mesma década, Lula se dedicava a dedurar companheiros para o Dops (Delegacia de Ordem Polícia e Social) paulista, em plena ditadura militar. O chefe do Dops era o então delegado Romeu Tuma, depois senador, que tinha sob sua chefia seu filho Romeu Tuma Junior. Pois Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de reputações", com todas as letras, afirma que Lula era um delator, cujas informações foram muito úteis para a repressão política. Até hoje estas afirmações não foram refutadas. Nos meios de esquerda, sempre foi corrente a informação de que Lula não passava de um colaborador da repressão no regime militar. 

No seu texto, Lula lembra ainda que "esse passado sombrio" foi superado "graças às lutas de milhares de brasileiros e brasileiras". A publicação convida para a inauguração do Memorial da Democracia no Instituto Lula, em São Paulo, em 1º de setembro. Lula X9, certamente, precisa mesmo de uma mensagem escondida sobre esse tema, porque ele não é propriamente o protótipo do defensor da democracia no Brasil. Não pode ser tal coisa o fundador do Foro de São Paulo. E não pode ser defensor da democracia quem ataca a imprensa e os jornalistas todos os dias. 

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