segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Herança maldita do peremptório petista - Badesul leva prejuízos multimilionários com Iesa e Impsa, em empréstimos concedidos no (des)governo petista

A empresa argentina Impsa, maior fabricante latinoamericano de aerogeradores para parques eólicos, aplicou calote de R$ 50 milhões no Badesul. O dinheiro do financiamento saiu em 2012, no governo do peremptório "grilo falante" e tenente artilheiro e poeta de mão cheia Tarso Genro. A Impsa entrou em fase de recuperação judicial na Argentina. O Badesul tem tentado receber o dinheiro de volta, mas sem sucesso, o que quer dizer que terá que levar o prejuízo ao seu balanço. Aliás, terá que fazer isto junto com os R$ 45 milhões que o governo Tarso Genro também enfiou na moribunda Iesa, no também finado Pólo Naval do Jacuí. O grupo argentino Impsa escolheu o Rio Grande do Sul para instalar sua segunda fábrica de aerogeradores no Brasil em 2012, no município de Guaíba, em um investimento de R$ 87,5 milhões. O anúncio foi feito pelo vice-presidente executivo da empresa, José Luis Menghini, anunciando que seriam gerados 350 empregos diretos. De acordo com Menghini, as vantagens logísticas foram decisivas para o projeto de produzir 220 aerogeradores anualmente no Rio Grande do Sul. "Foi a melhor forma de reduzir custos de logística da operação da companhia, pois o Estado conta com incentivos e políticas sólidas de desenvolvimento. O Governo do Estado nos ajudou muito a concluir os nossos estudos", afirmou na época. Foi mais uma "conquista" do governo Tarso Genro, do mesmo gênero da unidade da Iesa, que fechou em Charqueadas, no Pólo Naval do Jacuí. Ou seja, mais uma gigantesca herança maldita para os gaúchos. A Impsa entrou em crise depois que a Eletrobrás negou-se a pagar R$ 1 bilhão por turbinas que recebeu e a fábrica de Guaíba não saiu e nem sairá. O Badesul, que financiou tudo, não recebeu seu dinheiro de volta. A unidade seria construída pela controlada Impsa Wind ainda em 2012, e deveria entrar em operação em 2013. O empresário argentino Enrique Pescarmona, dono do conglomerado argentino Impsa, disse que sua empresa foi a única que parou de receber pelos contratos com a Eletrobras entre as demais fornecedoras da estatal. Ao afirmar que jamais pagou propina à empresa de energia do governo, o empresário sinaliza que foi por isso que parou de receber. Pescarmona ganhou no último mês, em primeira instância, o direito de receber 1 bilhão de reais referentes a pagamentos atrasados da Eletrobras, para quem a Impsa fornecia turbinas. Segundo Pescarmona, todas as empresas citadas na Lava Jato recebiam em dia da Eletrobras. "Não nos pagaram por três anos. Além disso, quiseram romper o contrato, mesmo já firmado, e nos impor uma multa de 4 bilhões de reais. Investimos 1,5 bilhão de reais no Brasil e queriam nos multar em 4 bilhões", diz o empresário, natural da região de Mendoza. O empresário afirmou ainda que, ao cobrar a Eletrobras, foi aconselhado pelos executivos da estatal a recorrer à Justiça. "Ir à Justiça significa que deixamos de cobrar três anos a energia, e isso nos matou. Nos custou pelo menos 250 milhões de dólares", afirmou. A Impsa se instalou no Brasil a partir de 2001, com a intenção de criar parques eólicos. A empresa investiu mais de 1 bilhão de dólares (sendo 300 milhões de dólares em capital próprio) para financiar a empreitada nos Estados de Pernambuco e Santa Catarina. Em 2010, a companhia, que no Brasil leva o nome de Wind Power Energia, firmou um contrato para fornecer turbinas ao consórcio Norte Energia, que ergue a usina de Belo Monte. O calote da Eletrobras fez com que a empresa argentina também postergasse o pagamento de dívidas com seus credores. Sobre a derrocada dos negócios no Brasil, Pescarmona lamenta: "Sempre cometemos erros. O nosso foi ter uma percepção errada de um Brasil moderno e não nos demos conta de que um grupo de pessoas não poderia reverter essa situação". Pescarmona evitou fazer acusações ao governo e às empresas citadas na Lava Jato - a Impsa, inclusive, é uma delas. Segundo informações colhidas pela Polícia Federal, em 2005, o embaixador brasileiro em Quito (Equador), Sergio Augusto Sobrinho, comemorou a ação de Lula e Néstor Kirchner em prol de um pedido da Odebrecht, que queria se associar à empresa de Pestarmona para conseguir um contrato público com o governo equatoriano. O empresário foi questionado se tinha conhecimento que Valter Cardeal, ex-número 1 da Eletrobras e um dos homens de confiança de Dilma, era o elo que ligava o Eletrolão ao Petrolão. Mas deu uma resposta evasiva: "É o que dizem". Endividada no Brasil, a Impsa recentemente fez uma proposta a seus credores que surpreendeu pela "sinceridade". Nela, a empresa afirma que pode começar a liquidar seu endividamento de mais de 400 milhões de reais no Brasil apenas em 2055.

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