segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Eduardo Cunha critica a Agenda Brasil de Renan Calheiros e defende o aumento da remuneração do FGTS


O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), saiu em defesa da proposta que aumenta a remuneração do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) nesta segunda-feira (17). O tema está na pauta de votação no plenário e será primeiro item apreciado na terça-feira (18). "Primeiro, o dinheiro não é do governo, é do trabalhador. Segundo, são só saldos dos novos depósitos a partir de 2016. Terceiro, o governo tem mais de R$ 80 bilhões em caixa", afirmou. Há mais de 20 projetos em tramitação no Congresso sobre a correção do fundo. A proposta defendida por Eduardo Cunha iguala a regra do FGTS à da poupança: correção de 6,17% ou 70% da taxa Selic + TR ao ano. As novas regras valeriam apenas para depósitos feitos a partir de 2016. O governo argumenta que o fundo não suportaria as despesas a partir de 2018, pois em três anos utilizaria todo o dinheiro em caixa para cobrir o custo extra. "É mais uma tentativa de tentar disfarçar a realidade. O governo quer ficar controlando um fundo que não é dele", avaliou Eduardo Cunha, para quem não há pauta-bomba. "Estou fazendo o dinheiro ser corrigido pela poupança. São os novos depósitos", finalizou. O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) é relator da proposta e tenta uma alternativa para aumentar a correção do fundo. Eduardo Cunha voltou a se posicionar contra as propostas apresentadas semana passada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na chamada Agenda Brasil. "Se a pauta é de interesse de todos, tem que ser colocada pelo Executivo. Se não for assim, é um monte de propostas que pode vir de lá (Senado) e vai ser distribuída para as comissões", afirmou. Ele reiterou o processo de votação de projetos em plenário: "Aqui só votamos MP ou urgência constitucional, que trancam a pauta, ou urgência regimental, que para obter tem que ter assinatura dos líderes" e encerrou: "É muita espuma. Vamos ver quando baixar o que tem".

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