quarta-feira, 22 de julho de 2015

STF PROÍBE MORO DE JULGAR AÇÃO EM QUE CUNHA FOI CITADO ANTES DE EXPLICAÇÕES


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF ), Ricardo Lewandowski, determinou nesta quarta-feira que o juiz Sergio Moro não pode julgar o processo sobre supostas irregularidades na contratação de navios-sonda pela Petrobras antes de prestar esclarecimentos ao tribunal sobre questionamentos do caso. Lewandowski deu prazo de até dez dias para que Moro preste informações sobre reclamação feita pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sobre sua conduta na ação penal. O ministro fixou que isso terá de ser feito de forma eletrônica pelo juiz - que é responsável pela investigações no Paraná do esquema de corrupção da Petrobras - a fim de agilizar o envio. Foi neste processo que o lobista Júlio Camargo citou propina de US$ 5 milhões a Eduardo Cunha. A decisão do presidente do Supremo foi tomada um dia depois de ter sido procurado por Eduardo Cunha pessoalmente em seu gabinete. A defesa do deputado argumentou que se fosse esperar o envio físico das explicações, a ação no Paraná poderia ter andamentos antes que o Supremo tratasse das reclamações do deputado contra o juiz.

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