quarta-feira, 15 de julho de 2015

SOB FORTES VAIAS E PROTESTOS, DILMA INAUGURA NOVA PONTE DE LAGUNA


A presidente Dilma Rousseff foi alvo de protestos nesta quarta-feira em Laguna durante a inauguração da ponte Anita Garibaldi, a maior obra do governo federal em Santa Catarina. A petista foi vaiada por servidores dos Correios, do Judiciário Federal, da Polícia Rodoviária Federal e por alguns integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre). A maioria dos manifestantes ficou do lado de fora da tenda montada sobre a ponte para a cerimônia de inauguração. Eles ficaram em uma via sob a ponte para protestar contra a presidente. Servidores do Judiciário Federal pediram para Dilma sancionar a PLC 28, que trata dos salários da categoria. O grupo afirma que nos últimos seis anos teve 54% de perdas salariais. A coordenação do grupo estimou em mil o número de manifestantes. A Polícia Militar não fez estimativas. Os servidores dos Correios pediram a realização de concurso público. Os policiais rodoviários federais pediram "valorização profissional". Dentro da lona, o pequeno grupo de manifestantes tentou interromper mais de uma vez o discurso da presidente Dilma gritando "o povo, na rua, Dilma a culpa é tua". O grupo foi vaiado pelas pessoas que acompanhavam o evento. Responsável pelos protestos contra o governo Dilma em março e abril, o MBL pediu o impeachment da presidente. "Nós estamos aqui para manter nossa linha de luta. Queremos o impeachment da presidente", disse Alexandre Paiva, coordenador do grupo no Estado. A construção da ponte, iniciada em 2012, busca acabar com o pior ponto de congestionamento da BR-101 em Santa Catarina. De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), 30 mil veículos passam pelo trecho de Laguna a cada dia. Além da ponte, o Dnit anunciou a liberação do túnel do Formigão, em Tubarão (131 km de Florianópolis), que também integra as obras de duplicação do trecho sul da BR-101 em Santa Catarina. O túnel tem 900 metros de comprimento. De acordo com o Dnit, a obra custou R$ 62 milhões. A Ponte de Laguna foi construída por um consórcio liderado pela empreiteira Camargo Correa, cujo presidente está na cadeia, na Polícia Federal, em Curitiba, preso pela Operação Lava Jato. A obra é suspeita de também ter promovido o desvio de recursos para a corrupção política. A ponte ainda não está aberta ao tráfego de veículos.


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