segunda-feira, 6 de julho de 2015

Produção em baixa leva emprego na indústria automotiva a 20ª queda


O número de postos de trabalho na indústria automotiva caiu pelo vigésimo mês seguido. No acumulado do primeiro semestre, a queda no emprego é de 9,6%. O cálculo é baseado nas informações divulgadas pela Anfavea (associação nacional das montadoras) e considera os trabalhadores empregados pelas empresas que fazem parte da entidade. Hoje, há 136,9 mil funcionários nas montadoras instaladas no Brasil. Em outubro de 2013, eram 159,6 mil. A queda no emprego acompanha a produção de veículos no Brasil, que caiu 14,8% em junho sobre o mesmo período de 2014 e 12,5% sobre maio, para 184 mil unidades. Com o resultado, o Brasil acumulou queda de 18,5% na produção de veículos no primeiro semestre na comparação anual, para 1,277 milhão de unidades. "Temos 36,9 mil empregados fora do trabalho, seja em férias coletivas, lay-off ou licença remunerada. Isso representa 27% da força de trabalho das montadoras", afirma Luiz Moan, presidente da Anfavea. Dependente do mercado interno, a indústria automotiva sente a queda de 20,7% nas vendas entre janeiro e junho (inclui carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus). A Anfavea investe em ações de estímulo às vendas para tentar reverter os resultados negativos. Hoje, há cerca de 389 mil veículos em estoque, o que equivale a 47 dias de vendas. O setor de veículos pesados vive momento mais crítico, com queda de 42,3% no licenciamento de ônibus e caminhões no primeiro semestre de 2015 em relação a igual período em 2014. "A produção de caminhões já caiu 45,2% no acumulado do ano. As linhas de montagem são reguladas pela venda, o que explica essa queda drástica", diz Marco Antônio Saltini, vice-presidente da Anfavea. 

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