sexta-feira, 24 de julho de 2015

Polícia Federal prende sírio com papéis falsos no Paraná e investiga esquema de imigração

A prisão em flagrante de um imigrante sírio com documentos falsos em Londrina (PR) na semana passada deu início a uma investigação da Polícia Federal no Paraná sobre um possível esquema de imigração ilegal para trazer árabes ao Brasil. O sírio Walid Hanna Elias, de 49 anos, foi preso no último dia 17 ao apresentar documentos falsos à Polícia Federal em Londrina para obter um passaporte brasileiro. No dia seguinte, a Justiça Federal transformou o flagrante em prisão preventiva, sob o entendimento de que, posto em liberdade, poderia fugir do País. O caso chamou a atenção dos investigadores da Polícia Federal, principalmente porque Elias declarou ser empresário na área de petróleo e energia eólica no país onde mora, em Dubai, nos Emirados Árabes. Ao ser preso, chegou a ser internado em um hospital particular para exames, o que não é de praxe, tendo ficado sob vigilância de policiais federais, até ser transferido para a carceragem da Polícia Federal. A Polícia Federal investiga nacionalmente um esquema ilegal de utilização do Brasil como rota de sírios e iraquianos portando passaportes falsos a caminho da Europa. Não se sabe ainda, porém, se o caso de Walid tem relação com esse esquema. Elias veio para o Brasil acompanhado de sua mulher, que já tinha data agendada também para tentar tirar um passaporte brasileiro, só que em Maringá (PR). Com a prisão do marido, a Polícia Federal cancelou o agendamento dela. Em depoimento, Walid Elias afirmou ter sido vítima de um esquema de imigração ilegal, denunciando pessoas responsáveis por envolvê-lo. Ele negou saber da origem ilegal do documento de identidade que portava para tentar obter o passaporte. Agora, a Polícia Federal busca identificar os líderes desse esquema, com a suspeita de que a base deles seja no Paraná. Pelo relato do sírio, há indícios de que outros imigrantes ilegais árabes já foram trazidos para o Brasil por meio desse grupo. No caso de Elias, por meio de uma certidão de nascimento fraudada eles obtiveram seus demais documentos. A defesa de Elias afirmou que ele veio ao Brasil com a intenção de fazer investimentos no País e reiterou que ele foi uma vítima. 

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