Uma onda de ataques simultâneos realizada por terroristas islâmicos no Egito, incluindo um atentado suicida, matou pelo menos 70 pessoas, entre soldados, policiais e jihadistas, informaram autoridades de segurança nesta quarta-feira. As ações, reivindicadas pela filial egípcia da organização terrorista Estado Islâmico, ocorrem dois dias depois do assassinato do procurador-geral do país, Hisham Barakat, e um dia após o presidente Abdel Fattah al-Sisi prometer endurecer as leis e agilizar os processos judiciais, no que definiu como uma tentativa de lutar contra o terrorismo. Entre os mortos estariam 38 jihadistas. Em resposta, jatos militares F-16 e helicópteros Apache bombardearam a região na Península do Sinai, área estratégica localizada entre Israel, a Faixa de Gaza e o Canal de Suez. O grupo terrorista Província do Estado Islâmico no Sinai divulgou nas redes sociais um comunicado em que diz ter atacado mais de 15 postos de controle e instalações policiais, usando armas pesadas como morteiros e lança-granadas. Os atentados ocorreram ao sul da cidade de Sheikh Zuweid, e os rebeldes também capturaram soldados e tomaram vários veículos blindados, informaram autoridades. Segundo o porta-voz do Exército, Mohamed Samir, as Forças Armadas responderam de imediato matando 22 dos 70 rebeldes envolvidos nos atentados. As autoridades egípcias declararam o alerta máximo em instalações de segurança e hospitais do governo, e enviaram ambulâncias para os locais atacados. A investida acontece em resposta à promessa de Sissi de apurar o assassinato do procurador-geral e endurecer as leis. A morte de Hisham Barakat representa o ataque à mais alta autoridade do governo desde 2013, e se segue a uma série de prisões e julgamentos de membros da Irmandade Muçulmana, com muitos deles sendo condenados à morte ou à prisão perpétua. Na terça-feira, o presidente se comprometeu a intensificar uma campanha contra o terrorismo que dura dois anos, aprovar novas leis para acelerar julgamentos e sentenças para acusados de terrorismo, incluindo execuções, e agilizar as punições. Os terroristas no Norte do Sinai lutam há anos contra as forças de segurança, mas aumentaram seus ataques após a derrubada do presidente Mohammed Mursi em julho de 2013, ligado à organização terrorista islâmica nazista Irmandade Muçulmana.
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