quarta-feira, 1 de julho de 2015

Estado Islâmico mata 70 soldados egípcios no Sinai


Uma onda de ataques simultâneos realizada por terroristas islâmicos no Egito, incluindo um atentado suicida, matou pelo menos 70 pessoas, entre soldados, policiais e jihadistas, informaram autoridades de segurança nesta quarta-feira. As ações, reivindicadas pela filial egípcia da organização terrorista Estado Islâmico, ocorrem dois dias depois do assassinato do procurador-geral do país, Hisham Barakat, e um dia após o presidente Abdel Fattah al-Sisi prometer endurecer as leis e agilizar os processos judiciais, no que definiu como uma tentativa de lutar contra o terrorismo. Entre os mortos estariam 38 jihadistas. Em resposta, jatos militares F-16 e helicópteros Apache bombardearam a região na Península do Sinai, área estratégica localizada entre Israel, a Faixa de Gaza e o Canal de Suez. O grupo terrorista Província do Estado Islâmico no Sinai divulgou nas redes sociais um comunicado em que diz ter atacado mais de 15 postos de controle e instalações policiais, usando armas pesadas como morteiros e lança-granadas. Os atentados ocorreram ao sul da cidade de Sheikh Zuweid, e os rebeldes também capturaram soldados e tomaram vários veículos blindados, informaram autoridades. Segundo o porta-voz do Exército, Mohamed Samir, as Forças Armadas responderam de imediato matando 22 dos 70 rebeldes envolvidos nos atentados. As autoridades egípcias declararam o alerta máximo em instalações de segurança e hospitais do governo, e enviaram ambulâncias para os locais atacados. A investida acontece em resposta à promessa de Sissi de apurar o assassinato do procurador-geral e endurecer as leis. A morte de Hisham Barakat representa o ataque à mais alta autoridade do governo desde 2013, e se segue a uma série de prisões e julgamentos de membros da Irmandade Muçulmana, com muitos deles sendo condenados à morte ou à prisão perpétua. Na terça-feira, o presidente se comprometeu a intensificar uma campanha contra o terrorismo que dura dois anos, aprovar novas leis para acelerar julgamentos e sentenças para acusados de terrorismo, incluindo execuções, e agilizar as punições. Os terroristas no Norte do Sinai lutam há anos contra as forças de segurança, mas aumentaram seus ataques após a derrubada do presidente Mohammed Mursi em julho de 2013, ligado à organização terrorista islâmica nazista Irmandade Muçulmana. 

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