segunda-feira, 13 de julho de 2015

Defesa aconselha delator a ficar calado em depoimento à Justiça Eleitoral


Apontado como chefe do cartel de empresas investigadas por esquema de corrupção na Petrobras, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, foi aconselhado por advogados a permanecer em silêncio durante depoimento à Justiça Eleitoral na ação que pede a cassação da presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer. Ele será ouvido nesta terça-feira (14) pela Corregedoria-Geral Eleitoral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O acordo de delação premiada fechado com o Ministério Público Federal na Operação Lava Jato ainda está sob segredo de Justiça. Segundo a defesa de Pessoa, eventuais manifestações poderiam representar riscos a esse acordo. Pessoas próximas ao empresário, no entanto, não descartam que ele possa fazer esclarecimentos. À Justiça federal, Pessoa disse que doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma por temer prejuízos em negócios com a Petrobras. O montante foi declarado à Justiça Eleitoral. Na ação contra Dilma, a oposição sustenta que a petista deve deixar o comando do País porque as campanhas do PT teriam sido financiadas com dinheiro de corrupção na Petrobras. Outros argumentos utilizados por partidos de oposição, puxados pelo PSDB, é que o governo segurou divulgação de dados oficiais durante as eleições e fez pronunciamentos em cadeia de rádio e TV para promover a candidata. Já foram ouvidos nessa ação o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Herton Araújo.

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