quarta-feira, 29 de julho de 2015

Após redução da nota do Brasil, a Standard & Poors poderá reduzir as notas de 21 empresas do País


A agência de classificação de riscos Standard & Poor's reafirmou a nota, mas revisou para negativas as perspectivas de 21 empresas, dentre elas AmBev, Comgás, Votorantim, Net e Itaipu Binacional. Vale e Natura já tinham notas em perspectiva negativa que ficam como estavam. O relatório da S&P analisa 32 companhias brasileiras. A mudança considera a alteração da perspectiva da nota de risco brasileira para negativa, o que deixa o país mais perto de perder o selo de bom pagador. Na escala de classificação da S&P, o Brasil tem a nota BBB-, apenas uma acima do grau especulativo. Uma das principais justificativas da agência para a alteração é a de que, atingido pelo escândalo da Operação Lava Jato, o Congresso vem travando propostas do governo que em tese ajudariam a tirar o País do atoleiro. A perda do grau de investimento do Brasil impediria grandes investidores internacionais, como fundos de pensão, de manter aplicações no País. As alterações na classificação de risco de cada uma das empresas refletem a forma como elas seriam afetadas por essa mudança. A revisão da Braskem e da Comgás de estável para uma perspectiva negativa, por exemplo, é justificada no relatório da agência pela "probabilidade de que elas dariam calote no caso de o mesmo acontecer com a dívida soberana". No documento, a S&P afirma que empresas como Odebrecht e Petrobras não são afetadas pela mudança na classificação de risco do país, mas não esclarece o motivo. A S&P também informa que vai traçar o mesmo cenário de mudança da classificação de risco brasileira e revisar a perspectiva de Gerdau S.A., Localiza Renta a Car S.A., Santos Brasil Participações S.A. e Telefonica Brasil S.A. nas próximas semanas.
Veja abaixo a lista completa:
Empresas com perspectiva alterada de estável para negativa
AmBev - Companhia de Bebidas das Americas (AmBev)
Atlantia Bertin Concessoes S.A. (AB Concessões) e suas subsidiárias: Rodovia das Colinas S.A. e Triângulo do Sol Auto-Estradas S.A.
Arteris S.A. e sua subsidiária: Autopista Planalto Sul S/A.
Braskem S.A.
CCR S.A. e suas subsidiárias: Autoban - Concessionaria do Sistema Anhanguera Bandeirantes S.A./Concessionaria da Rodovia Presidente Dutra S.A./Rodonorte Concessionaria de Rodovias Integradas S.A.
Cesp -Companhia Energética de São Paulo
Companhia de Gás de Sao Paulo - Comgás
Companhia Energética do Ceará - Coelce
Duke Energy International Geração Paranapanema S.A. (Duke)
Ecorodovias Concessões e Serviços S.A. e Concessionária Ecovias dos Imigrantes S.A.
Elektro Eletricidade e Serviços S.A. (Elektro)
Eletrobras-Centrais Eletricas Brasileiras S.A.
Globo Comunicação e Participações S.A. (Globo)
Itaipu Binacional
Multiplan Empreendimentos Imobiliários S.A. (Multiplan)
Net Serviços de Comunicação S.A. (Net)
Samarco Mineração S.A.
Tractebel Energia S.A.
Taesa (Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A.)
Ultrapar Participações S.A. (Ultrapar)
Votorantim Participações S.A. e suas subsidiárias: Votorantim Industrial S.A. e Votorantim Cimentos S.A.
Empresas com perspectiva mantida negativa
Natura Cosméticos S.A.
Vale S.A. e sua subsidiária: Vale Canada Ltd.
Empresas com perspectiva mantida estável
Ache Laboratórios Farmacêuticos S.A.
BRF S.A.
Embraer S.A.
Fibria Celulose S.A.
Raízen (combinação de Raizen Energia S.A. and Raizen Combustíveis S.A.)
Empresas cujas notas não foram afetadas pela mudança do viés da nota de crédito brasileira
Klabin S.A.
Neoenergia S.A.
Odebrecht Engenharia e Construcao S.A.
Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras.

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