terça-feira, 21 de julho de 2015

Aliado de Eduardo Cunha pede na CPI da Petrobras a acareação entre a petista Dilma e o doleiro Alberto Youssef


O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segue articulando sua pauta para constranger o governo da presidente Dilma Rousseff no segundo semestre. A mais nova investida do peemedebista é a tentativa de acareação entre Dilma e o doleiro Alberto Youssef, delator e um dos pivôs do propinoduto na Petrobras. O requerimento foi protocolado nesta terça-feira pelo deputado federal André Moura (PSC-SE), um dos principais escudeiros de Eduardo Cunha na Câmara. O colegiado reúne-se apenas na volta do recesso, em agosto, e tem de votar o documento para que Dilma seja convocada a comparecer à CPI. Moura também apresentou mais dois pedidos: 1) uma acareação entre o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) e o dono da UTC, Ricardo Pessoa, que disse, em delação, ter repassado 250.000 reais para a campanha do petista em 2010; 2) acareação entre o delator e o ministro Edinho Silva (Secretaria de Comunicação), tesoureiro de Dilma em 2014 - que teria recebido 7,5 milhões de reais para a campanha de reeleição de Dilma. Eduardo Cunha rompeu com o governo na última sexta-feira e diz ser alvo de uma ofensiva da Procuradoria-Geral da República e do Planalto para envolvê-lo na Lava Jato. O delator Julio Camargo, da Toyo Setal, afirma que o presidente da Câmara dos Deputados cobrou 5 milhões de dólares em propina sobre um contrato de navios-sonda. Irritado, o presidente disse que quem deve ser investigado é "o bando de aloprados" que está no Planalto. Eduardo Cunha também afirmou que aceitaria fazer uma acareação com Julio Camargo na CPI, e defendeu que Dilma, Edinho Silva e Mercadante, citados por delatores, também compareçam à comissão. O colegiado é presidido por Hugo Motta (PMDB-PB), outro mosqueteiro de Eduardo Cunha.

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