sexta-feira, 19 de junho de 2015

Polícia Federal quer investigar o petista Fernando Pimentel por suspeita de desvios em campanhas

A Polícia Federal solicitou ao Superior Tribunal de Justiça abertura de inquérito sobre o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), por suposto crime de “lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores”. A investigação faz parte dos desdobramentos da Operação Acrônimo, que apura suspeitas de desvio de recursos públicos para campanhas eleitorais. O caso está sob sigilo no STJ. No fim do mês passado, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, foi preso por conta de suspeitas de desvio de recursos públicos para candidatos. A Polícia Federal tratou o caso com extrema reserva para evitar dificuldade no cumprimento de alguns dos pedidos enviados para análise do STJ, como diligências e depoimentos. A Folha apurou que, na primeira fase da operação, a Polícia Federal não encontrou indícios de uma suposta ligação do governador com o caso, o que ocorreu apenas a partir da análise do material apreendido. Ex-ministro de Desenvolvimento Econômico do governo Dilma, entre 2011 e 2014, Pimentel foi coordenador da campanha de Dilma Roussef à Presidência em 2010. A primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira, também é investigada na operação. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal indicam que ela teria uma empresa fantasma, que teria sido usada por um grupo criminoso que atuaria em campanhas políticas do PT. A defesa de Carolina nega. O caso está nas mãos do ministro Herman Benjamin e foi enviado na noite desta quinta-feira (18) ao tribunal. Agora, o ministro deve pedir para o Ministério Público Federal se manifestar sobre as suspeitas contra o governador. O STJ é o tribunal responsável pela análise de ações envolvendo chefes dos Executivos estaduais.

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