sexta-feira, 5 de junho de 2015

Paquistão liberta 8 dos 10 suspeitos de ataque à menina Malala


Oito dos 10 paquistaneses acusados de participação no ataque que deixou gravemente ferida a menina Malala Yousafzai, em 2012, foram libertados por falta de provas, anunciaram as autoridades. E ainda querem que se acredite em justiça em país islâmico. Em abril, autoridades militares anunciaram que 10 homens suspeitos de participação no ataque foram condenados por um tribunal de Mingora, capital do distrito de Swat, no norte do Paquistão, onde aconteceu o crime contra a vencedora do Nobel da Paz. Nesta sexta-feira, porém, Salim Khan Marwat, chefe de polícia de Swat, afirmou que, ao contrário do primeiro anúncio, apenas dois suspeitos foram condenados. Os outros foram inocentados e libertados por "falta de provas". Azad Khan, inspetor geral adjunto de Malakand, região na qual se encontra Swat, confirmou as informações e disse que o processo foi supervisionado pelo exército. Mas uma fonte militar de Mingora desmentiu o anúncio e acusou a polícia de mentir, antes de reiterar que os 10 acusados foram condenados. Malala foi atingida por um tiro na cabeça em outubro de 2012 em um ataque cometido por terroristas talibãs que sequestraram um ônibus escolar. O ataque transformou a jovem em uma celebridade mundial e ela venceu em 2014 o Prêmio Nobel da Paz. O homem acusado de ter atirado contra Malala, Ataullah Khan, fugiu para o Afeganistão, segundo as autoridades, com o objetivo de unir-se ao líder dos terroristas talibãs paquistaneses, o mulá Fazlullah, que financiou o ataque. O exército do Paquistão anunciou a detenção dos 10 suspeitos em setembro de 2014, durante uma entrevista coletiva na qual os ativistas dos direitos humanos expressaram dúvidas sobre a culpa dos detidos.

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