terça-feira, 30 de junho de 2015

Os indícios da corrupção generalizada

O juiz Sergio Moro disse hoje que há indícios de que o modelo de corrupção descoberto na Petrobras foi adotado em outras áreas de infraestrutura do governo, como hidrelétricas e usinas. A informação é do Estadão. A afirmação veio após delação de Dalton Avancini, da Camargo Corrêa. Moro cita que o mesmo “modus operandi” foi detectado em outras obras. Destacou os casos de Belo Monte, um conluio da Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Odebrecht; e e as obras de Angra 3, consórcio das mesmas empresas com a UTC. Ressaltou que é “mais perturbadora” a afirmação de Avancini de que, em agosto de 2014 - quando a Lava Jato já era pública e notória -, as empreiteiras, “entre elas a Andrade Gutierrez e a Odebrecht”, discutiram pagamento de propinas a dirigentes da Eletrobrás. “Há assim prova, em cognição sumária, de que o mesmo modus operandi, de cartel, ajuste de licitações e propinas, além de ter gerado um grande prejuízo à Petrobrás (estimado em mais de seis bilhões de reais no balanço da estatal), foi reproduzido em outros âmbitos da Administração Pública, inclusive com pagamentos de propinas no segundo semestre de 2014, quando já notória a investigação sobre as empreiteiras”, escreveu Moro, em decisão. 

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