segunda-feira, 22 de junho de 2015

O grande ajuste de Dilma contra o Brasil: hoje a queda do PIB está em (-)1,45% e a inflação em 8,97%. Amanhã ninguém sabe

As estimativas do mercado financeiro para a inflação e para o nível da atividade brasileira neste ano voltaram a piorar, segundo pesquisa realizada na semana passada com mais de 100 instituições financeiras e divulgada nesta segunda-feira (22). Segundo a autoridade monetária, a previsão dos economistas dos bancos para o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do pais, subiu de 8,79% para 8,97%. Foi a décima semana seguida de elevação deste indicador. O novo aumento na estimativa do mercado para a inflação deste ano acontece após a divulgação do IPCA de maio. Neste mês, o IBGE informou que a inflação somou 0,74% em maio, maior taxa para o mês desde 2008, e que acumula 5,34% nos cinco primeiros meses deste ano e 8,47% nos últimos doze meses – a maior taxa para esta comparação desde dezembro de 2003. Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, a inflação deverá superar o teto do sistema de metas em 2015, algo que não acontece desde 2003. Para o comportamento do PIB neste ano, os economistas do mercado financeiro reduziram ainda mais a previsão, na semana passada, para uma retração de 1,45%. Foi a quinta queda seguida deste indicador. Até então, a estimativa do mercado era de um recuo de 1,35%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.No fim de maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira registrou queda de 0,2% no primeiro trimestre de 2015, puxada pelo desempenho negativo do setor de serviços e da indústria, bem como pelo recuo do consumo das famílias e dos investimentos. Neste início de ano, o que evitou um tombo ainda maior do PIB foi a agropecuária. Após o Banco Central ter subido os juros para 13,75% ao ano no início de junho, o maior patamar em quase nove anos, o mercado subiu, na semana passada, a estimativa para os juros no fim deste ano de 14% para 14,25% ao ano. Isso quer dizer que os analistas estão prevendo uma alta maior da taxa Selic no decorrer de 2015.

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