segunda-feira, 8 de junho de 2015

MINISTÉRIO PÚBLICO QUEBRA O SIGILO BANCÁRIO DE DEZ ASSESSORES E DO DEPUTADO BASSEGIO

O caso do deputado estadual Diógenes Basségio, do PDT, já tinha transbordado os limites da Assembléia do Rio Grande do Sul, porque o Ministério Público investiga as denúncias desde maio do ano passado, mas só agora pediu a quebra do sigilo bancário do parlamentar e dos dez assessores que teriam sido vítimas de extorsão. O parlamentar poderá ser denunciado pelo Ministério Público por crimes como peculato (desvio ou apropriação de dinheiro público), concussão (por suposta extorsão de funcionários) e falsificação ou uso de documentos falsificados (notas podem ter sido adulteradas para fins de comprovação de diárias). O promotor Luiz Eduardo Menezes, da Subprocuradoria-Geral para Assuntos Jurídicos, diz que o Ministério Público instaurou um procedimento investigatório criminal. As suspeitas chegaram ao órgão em maio de 2014, em Passo Fundo, por meio do ex-chefe de gabinete de Basegio, Neuromar Gatto. Depois de confrontar documentos e analisar o depoimento de Gatto, o procurador-geral de Justiça, Eduardo de Lima Veiga, determinou a abertura do procedimento. A demora se deu, segundo Menezes, pela necessidade de cruzar as informações e de verificar a veracidade dos documentos apresentados. Já foram ouvidos assessores e ex-assessores do deputado estadual e agora foi requerida a quebra do sigilo bancário de mais de 10 pessoas, inclusive de Baségio e de seus ex-chefe de gabinete. É absolutamente incrível a lentidão de processos no Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, especialmente se tratam de deputados estaduais. E, depois, esses processos demoram, em média, uma década, tramitando no Poder Judiciário gaúcho. Por falar nisso, deputados foram citados na investigação da Operação Conexion, que desvendou parte da Máfia do Lixo gaúcha. Esses deputados foram citados pelo denunciante da Máfia do Lixo como beneficiários de propina de empresas de lixo. A citação aos nomes dos parlamentares está nas páginas 68 e 69 do processo que tramita na Justiça gaúcha, na Vara Criminal de Torres. O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul abriu as investigações a respeito desses parlamentares?  

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