segunda-feira, 1 de junho de 2015

Estados Unidos pagaram US$ 20,2 milhões a ex-nazistas

O governo dos Estados Unidos pagou US$ 20,2 milhões, por mais de meio século, em pensões da seguridade social a mais de 130 pessoas vinculadas a crimes nazistas e que moravam no país. O valor pago, muito maior do que a expectativa dos investigadores federais, mostra a facilidade com que milhares de ex-nazistas conseguiram viver nos Estados Unidos, sem qualquer tipo de controle, logo após o final da Segunda Guerra Mundial. Um relatório que será publicado esta semana pelo Procurador Geral da Administração da Seguridade Social conclui que praticamente tudo o que foi pago foi feito de acordo com a lei de cada momento e que os funcionários federais não tinham autoridade para proibir que estes benefícios fossem concedidos a ex-nazistas, a não ser que eles fossem deportados. Nas décadas de 1960 e 1970, dezenas de antigos nazistas que tinham envelhecido nos Estados Unidos começaram a receber as pensões da Seguridade Social sem investigação por parte das autoridades federais sobre a relação dos imigrantes alemães com os crimes cometidos durante a guerra. Na década de 1980, após pressão do Congresso, o Departamento de Justiça começou a investigar centenas de suspeitos nos Estados Unidos e começou um processo de deportação de ex-oficiais nazistas, guardas de campos de concentração, líderes dos esuadrões de execução e outros crimes de guerra. O relatório mostra que mais de 30 antigos nazistas receberam US$ 5,7 milhões de seguro social antes de serem deportados. Outros 95 acusados de serem ex-nazistas que receberam US$ 14,5 milhões nunca foram deportados e continuaram recebendo as pensões. Alguns morreram antes que pudessem ser deportados, outros fugiram do país e ainda tiveram aqueles que foram autorizados a permanecer nos EUA depois de serem investigados. - É um absurdo que nazistas tenham recebido benefícios, mas o relatório também deixa claro que a Administração da Seguridade Social não tinha o direito legal de suspender esses pagamentos, na maioria dos casos - disse Carolyn B. Maloney, uma congressista democrata de Nova York pediu uma investigação após novas evidências surgirem no início do ano. A primeira investigação sobre o caso ocorreu nos anos 1980, depois de ter sido detectado que centenas de suspeitos de serem nazistas começaram a recolher sua aposentadoria. Mas foi uma investigação da Associated Press no ano passado que renovou o interesse no fenômeno, o que levou o Congresso a aprovar uma lei especial chamada Sem Lei de Segurança Social para Nazistas. Esta lei pôs fim aos benefícios recebidos por quatro nazistas que haviam deixado os Estados Unidos para voltar para a Europa. O mais recente pagamento a um ex-nazista ocorreu em janeiro passado.

Um comentário:

Cristiano disse...

E depois a eskerdalhada diz que os Estados Unidos são o grande satã... "acusem daquilo que vocês são." A tática de sempre.