terça-feira, 9 de junho de 2015

ARTIGO, LUIS MILMAN - A GENEALOGIA DO MAL

A esquerda ideologicamente alinhada ao marxismo-leninismo, que eu chamo de esquerda confessional-bolchevique, seja ela de que variante for, é visceralmente antissemita. O antissionismo, ou "anti-israelismo" é mero disfarce para propagar e praticar um ódio genocida. Este alinhamento remonta à era stalinista, durante a qual o antissemitismo foi oficializado, na forma de propaganda, expurgos de judeus, denúncias de teorias conspiratórias judaicas de dominação global, anteriores e posteriores à criação do Estado de Israel. Tudo porque Stálin era um convicto judeófobo. Na sua época de tirania, era estimulada a leitura do famigerado “Os Protocolos dos Sábios de Sião”, forjado ainda pela polícia secreta czarista, a Okrana, no início do século XX. O livro “revelava” a existência secreta de um governo judaico mundial. Depois da sua morte - e desde 1967, depois das Guerra dos Seis Dias - os soviéticos passaram a dizer, publicamente, que Israel se comportava com relação aos palestinos da mesma forma que os nazistas se comportavam com relação aos judeus. Esta é a mesma propaganda disseminada pelo mundo árabe-islâmico desde os anos 50 do século passado. Há casos mais extremos ainda, como a negação do Holocausto, que grupos confessionais ultramarxistas, ligados à Editora La Vielle Taupe (França) defendem. O presidente atual da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abas (ou Abu Mazen), que é da linha marxista-leninista, como, de resto, era Yasser Arafat, doutorou-se na Universidade de Moscou, sustentando que o Holocausto era uma invenção judaica. Depois, por razões de real politik, ele deixou de defender esta posição, que era fundacional na Organização para Libertação da Palestina. Tais doutrinas, desde as mais “moderadas”, como a de que israelenses são como nazistas, até as mais radicais, como a que nega o Holocausto, estão alojadas no próprio subconsciente marxista, e se alastram pelo ambiente político, cultural e universitário do Ocidente, dominado pelo esquerdismo que, apesar de simiesco, não é nada inofensivo. É isto que explica como um Reitor de uma universidade federal brasileira, provocado por palestinos e comunistas, emite uma diretriz administrativa, aos seus subordinados, para que informem a presença de israelenses na universidade.



Professor e jornalista Luis Milman

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