quarta-feira, 13 de maio de 2015

URGENTE - URGENTE - EMPREITEIRO RICARDO PESSOA, O CHEFE DO CARTEL DAS EMPRESAS PROPINEIRAS NO PETROLÃO, DEVE ASSINAR HOJE A SUA DELAÇÃO PREMIADA


Após negociações que se arrastam desde janeiro, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC e da Constran, viaja nesta quarta-feira (13) a Brasília para assinar o mais esperado acordo de delação da Operação Lava Jato. O empreiteiro Ricardo Pessoa é o primeiro dono de empreiteira a assinar esse tipo de acordo para ter uma pena menor. Até agora, os delatores mais graduados da Lava Jato eram dois executivos da Camargo Corrêa, que ocupavam a presidência e a vice-presidência da empreiteira, mas foram afastados. O grupo UTC-Constran tem 29 mil funcionários e faturou R$ 5 bilhões no ano passado. Além de prometer revelar o que sabe, Ricardo Pessoa vai pagar uma multa, cujo valor nas últimas conversas com procuradores era de R$ 55 milhões. O empresário é acusado por delatores de chefiar um grupo de empreiteiras que se reuniam para discutir quem ficaria com obras da Petrobras, o que caracteriza cartel. O acordo será assinado na Procuradoria-Geral da República porque Ricardo Pessoa citou uma série de parlamentares, que só podem ser processados pelo Supremo Tribunal Federal, e porque as conversas com a força-tarefa do Ministério Público Federal em Curitiba fracassaram. Como havia interesse para que Ricardo Pessoa revelasse o que sabe, o procurador-geral Rodrigo Janot indicou homens de sua extrema confiança para prosseguir com as conversas. A tática deu certo. Ricardo Pessoa deve oficializar o que já narrou na fase de negociação. Ele contou, por exemplo, que doou R$ 7,5 milhões para a última campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) por temer retaliações do partido nos contratos que tinha com a Petrobras. Segundo Ricardo Pessoa, a doação foi acertada com Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma e atual ministro da Secretaria de Comunicação Social – ele e o PT disseram que todas as doações ao partido seguiram a lei eleitoral. O empresário também contou que pagou propina para conseguir o contrato da obra da usina nuclear de Angra 3.

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