quinta-feira, 7 de maio de 2015

Presidente da Sete Brasil diz na CPI da Petrobras que acertos ocorriam "por fora"


O presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, afirmou nesta quinta-feira à CPI da Petrobras que os desvios em contratos da empresa ocorriam "por fora", sem que houvesse irregularidades internas na companhia. A Sete tem a Petrobras como uma das sócias e foi criada em 2010 com o objetivo de construir sondas usadas na exploração de petróleo. O delator Pedro Barusco, que foi diretor na Sete Brasil, admitiu à Justiça e à CPI que parte dos contratos da empresa eram desviados. ​Carneiro disse se basear em auditorias feitas em sua gestão, que teve início em maio de 2014, quando Barusco já havia deixado os quadros da empresa "Nada foi encontrado de errado. Esses acertos teriam sido feitos por fora não, internamente através dos contratos da Sete Brasil", disse ele. O presidente admitiu que a Sete Brasil paralisou todos os seus pagamentos em novembro, como consequência da Operação Lava Jato, e que apenas dois dos 29 empreendimentos da empresa deixaram se ser afetados pela interrupção. "A situação da Sete Brasil hoje é que ela não tem condições de pagar os estaleiros até que essa reestruturação financeira seja feita", afirmou. Ele tratou o problema como uma "dificuldade transitória de caixa". Segundo Carneiro, a paralisação dos repasses está ligada aos casos de corrupção. "Vários dos estaleiros estariam envolvidos na Lava Jato. Isso gerou um clima de muita preocupação, de incerteza, e até que se pudesse entender melhor o que aconteceu, eles (os investidores) entenderam que não deveriam mais aportar recursos".

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