terça-feira, 12 de maio de 2015

Polícia Federal usa até caminhão para levar documentos de licitações fraudadas na área da Saúde no Paraná


A Polícia Federal divulgou balanço da Operação Fidúcia, deflagrada em Curitiba (PR) nesta terça-feira, 12, contra associação criminosa que fraudava licitações e desviava recursos públicos recebidos por meio de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs). A operação, desencadeada em conjunto com a Controladoria Geral da União, revela desvios de cerca de R$ 70 milhões. Segundo a Polícia Federal, foram apreendidos uma moto e um carro de luxo, um jet-ski com a carreta, computadores e notebooks, além de duas armas de fogo (uma carabina .44 e uma pistola .380) e grande quantidade de documentos. A Polícia Federal teve de usar até um caminhão.


Dos 11 mandados de condução coercitiva, apenas um não foi cumprido. Dos três mandados de prisão temporária, todos foram cumpridos. As investigações tiveram início em 2011 e apontam indícios de que o grupo sob suspeita desviava dinheiro recebido em razão de termos de parcerias firmados com diversos Municípios do Estado do Paraná desde o ano 2005, em especial para atuação em programas na área de Saúde.


Segundo a Polícia Federal, os recursos públicos recebidos eram desviados mediante “diversas condutas, dentre elas a não comprovação de aplicação de taxa de administração, a prestação irregular de contas, pagamentos irregulares a empresas de dirigentes das OSCIPs, pagamentos efetuados para empresas de fachada e saques de altos valores em espécie. Também foram colhidos indícios de fraude em processo de licitação. A operação mobilizou 70 policiais federais e 6 servidores da Controladoria Geral da União e se estendeu aos municípios paranaenses de Curitiba, Piraquara, Campina Grande do Sul, Marechal Cândido Rondon e Francisco Alves. Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Curitiba (PR). A estimativa é que o desvio gire em torno de R$ 70 milhões. Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de associação criminosa, peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e violação à Lei de Licitações.

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