terça-feira, 26 de maio de 2015

Lula, como lobista de Haddad, pede que Dilma libere R$ 8 bilhões para prefeito; é o medo das urnas

Há dias circulou uma informação que deixou perplexas as pessoas que acompanham de perto a política. Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo, o mais impopular desde Celso Pitta, obcecado pelo ciclofaixismo, mas não pelo infanto-crechismo, é um dos conselheiros de Luiz Inácio Lula da Silva. Sim, o Babalorixá de Banânia montou um grupo para pensar seu futuro político, e o homem que faz uma das gestões mais desastradas e ineficientes da história da capital paulista, segundo avaliação do próprio povo, é um dos pensadores da equipe. Expressei aqui a minha satisfação ao saber disso. Agora circula a informação de que isso não é de graça, né? Segundo informam Natuza Nery e Marina Dias, na Folha, Lula está a pressionar Dilma para que ela libere R$ 8 bilhões do PAC para obras em São Paulo. O desespero, meus caros, é o eleitoral mesmo. A companheirada avalia que, sem essa dinheirama, as chances de o petista ser reeleito são muito pequenas. Eu diria que, com o dinheiro, também…Na sexta-feira, Lula se encontrou com Dilma na Granja do Torto. Os dois trataram do pacote fiscal e de eventuais concessões que o governo ainda poderia fazer ao petismo. Já comentei aqui. Enquanto Michel Temer, coordenador político do governo, tentava convencer senadores a votar as MPs como estão, Lula tentava mudar seu conteúdo em conversa ao pé do ouvido. Agora, uma outra informação. Ele estava cuidando também do futuro do seu partido em São Paulo. O país à beira de uma boa bagunça, e o Apedeuta lá, fazendo um biscate como intermediário de verbas para um prefeito amigo, também seu conselheiro… Lula quer mais: reivindicou ainda, informa a reportagem, que ministros paulistas dêem plantão em São Paulo para colaborar com Haddad. Huuummm… Se não me engano, isso foi tentado na campanha eleitoral de Dilma e de Padilha. Parece que não funcionou, não é? Acho que as coisas na cidade não andam assim tão fáceis. O chefão petista quer a dinheirama para criar uma “marca na periferia”. Afinal, né?, nas áreas pobres, não há nem ciclofaixismo nem infanto-crechismo. Espero que Lula não sugira, sei lá, a farta distribuição de miçangas… Estão, em suma, em busca de um discurso. Como é que, mais uma vez, os petistas vão brincar da luta de ricos contra pobres, agora que os pobres começam a descobrir que os governos, e não os ricos, costumam estar na raiz de sua pobreza? Consta que Lula quer o dinheiro para a construção de 11 corredores de ônibus na periferia, obras contra enchentes e a construção de 55 mil moradias. Sei… Haddad passou dois anos e meio brincando de desfilar de shortinho e capacete em ciclofaixas para ninguém. No ano e pouco que falta até a eleição, quer ser o prefeito operoso. E isso num momento em que o governo precisa cortar gastos. Eis a que foi reduzido Lula, que já foi chamado por aqui de “estadista”. Melhor teria sido ter cumprido a promessa e ficado na chácara cozinhando coelho. Por Reinaldo Azevedo

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