segunda-feira, 4 de maio de 2015

Human Rights Watch denuncia uso de bombas de fragmentação pela Arábia Saudita no Iêmen


Uma das principais organizações voltadas para os direitos humanos, a Human Rights Watch denunciou que a coalizão liderada pela Arábia Saudita no Iêmen contra os rebeldes xiitas houthis está utilizando bombas de fragmentação fornecidas pelos Estados Unidos. O país bombardeia os houthis há quase um mês. O uso deste tipo de bombas é proibido por um tratado internacional, não assinado pelos dois países árabes e nem pelos Estados Unidos. Por meio de imagens de satélites, a HRW verificou que pelo menos um golpe de fragmentação foi feito em uma área de plantação. Este tipo de bomba é extremamente perigoso porque, quando atinge um alvo, espalha fragmentos em alta velocidade em várias direções, sendo muito letal. "Estas armas não deveriam ser utilizadas nunca, em nenhuma circunstância", afirma Steve Goose, especialista em armamento da HRW. A Arábia Saudita é alvo de fortes críticas por conta da campanha área no Iêmen, na qual tem oito aliados. Outras acusações incluem críticas pelos bombardeios de áreas com grande densidade populacional, como a capital, Sanaa (tomada pelos xiitas) e Áden.


O objetivo da operação é restabelecer o governo legítimo no Iêmen e conter os houthis, apoiados pelo Irã. O número de vítimas civis do conflito não para de aumentar, superando os 2.000. Segundo a ONU, a situação humanitária é “catastrófica”. Atualmente, os maiores confrontos acontecem em Áden. A segunda maior cidade do país é disputada pelas forças do presidente Abd-Rabbo Mansour Hadi contra uma aliança dos partidários do ex-ditador Ali Abdullah Saleh e os xiitas liderads por Abdul-Malik al-Houthi.

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