domingo, 31 de maio de 2015

DEM e PTB desistem de fusão

O prazo para democratas e petebistas anunciarem a fusão venceu, no último dia do mês de maio, mas o anúncio será o de que os diálogos foram encerrados e cada um tocará suas vidas da sua maneira. A discussão da união do DEM com o PTB, iniciada em março deste ano, chegou ao fim com um resultado amargo para partidários de ambas às legendas que enxergavam um fortalecimento da nova sigla no Congresso Nacional e, consequentemente, nas eleições de 2016 e 2018. Entre os beneficiados estaria o prefeito de Salvador e um dos principais articuladores da fusão, ACM Neto (DEM). O democrata participou ativamente dos diálogos, mas deixou a mesa de negociação antes mesmo de se esgotar todas as possiblidades. Na prática, os democratas queriam permanecer na oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A falta de entendimento, inclusive nas nomeações para os comandos dos diretórios nos Estados, gerou insatisfações em ambas as partes. O secretário-geral do PTB, deputado Campos Machado, chegou a se queixar de possíveis exigências feitas pelos democratas. “A conversa é sobre fusão, mas alguns democratas pensam em apropriação. Isso, no Código Penal, configura apropriação indébita”, disse. Já o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia, que iria para a presidência do Instituto Presidente Tancredo Neves, voltou atrás e tentou renegociar as regras estabelecidas para a formação da Executiva Nacional do novo partido. “Não se pode pensar em fusão, se não tiver uma democracia interna. No nosso partido, a direção é conduzida por aqueles que têm votos no partido, pelos deputados, senadores. E queríamos continuar com essa prática, de que os congressistas pudessem participar da gestão do partido. Sem representação popular, não se tem democracia. A questão é de convicção de que o novo partido teria uma convivência democrática interna que não fosse prejudicar os interesses”, defendeu o presidente estadual do DEM, o deputado federal José Carlos Aleluia.

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