terça-feira, 5 de maio de 2015

Delator e larápio Paulo Roberto Costa, o "Paulinho" do Lula, diz que governos petistas "arrebentaram" com a Petrobras


Em seu quarto depoimento a CPIs no Congresso, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, o delator e larápio Paulo Roberto Costa, chamou de "hipocrisia" as doações de empresas a campanhas eleitorais e afirmou que o governo federal, petista, "arrebentou" com a estatal ao segurar o preço da gasolina. O larápio Paulo Roberto Costa fez críticas à "gestão política" da estatal e calculou que o "rombo" provocado ao segurar os preços dos combustíveis foi dez vezes o prejuízo causado pelo esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato. "O maior problema da Petrobras, que arrebentou a Petrobras, é a defasagem dos preços dos derivados, que o governo segurou. O governo segurou o preço do diesel, o preço da gasolina, e esses valores possivelmente deram rombo de R$ 60, R$ 80 bilhões. Vamos imaginar que seja R$ 60 bilhões. A Lava Jato, com R$ 6 bilhões, dá 10% do rombo da Petrobras". Das quatro vezes em que esteve em CPIs, o depoimento desta terça-feira (5) à CPI da Petrobras na Câmara foi o que o larápio Paulo Roberto Costa mais falou. Isso porque toda sua delação premiada já veio a público, o que o permitiu se pronunciar sobre todos os assuntos que tratou junto ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal. A sessão da comissão começou por volta das 14h40. Assim como já havia feito nas delações, Paulo Roberto Costa criticou as doações de empresas privadas às campanhas eleitorais. Disse que os empresários lhe relatavam que faziam as doações para receber algum retorno. Ele aderiu ao PT, adotou o discurso do PT. "Por que uma empresa vai doar R$ 20 milhões pra uma campanha se ela não tiver algum motivo na frente pra cobrar isso?", declarou o larápio Paulo Roberto Costa. Questionado pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP) se é favorável ao fim das doações privadas, o ex-diretor disse: "Eu acho que pra passar esse País a limpo, sim". Que tal, hein, que moral tem o vagal, não é mesmo? Ainda perguntado pelo socialista Valente, o larápio Paulo Roberto Costa confirmou os nomes dos políticos que denunciou em sua delação premiada, dando combustível a críticas do deputado ao fato de que até hoje a CPI não convocou nenhum desses políticos para prestarem depoimento. O larápio Paulo Roberto Costa citou PP, PMDB e PT como os principais beneficiários, mas citou também o caso da propina ao então senador do PSDB Sérgio Guerra, morto em 2014, para enterrar uma CPI sobre a Petrobras.
PISCINA
Um dos momentos tensos foi quando o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) questionou a Costa sobre os motivos de ter aterrado uma piscina. O caso foi revelado pela Folha, que relatou suspeita da Polícia Federal de que a piscina serviu para esconder dinheiro. O ex-diretor disse que o aterramento foi para solucionar um problema de vazamento de água da piscina e que sua esposa reclamava do valor da conta, mas chamou de "folclore" a suspeita da Polícia Federal. Marun respondeu que "folclore" era acreditar que ele não teria dinheiro para pagar a conta de água. Eles discutiram e aí o larápio Paulo Roberto Costa pediu "respeito". Em um desabafo no início da sessão, o bandido larápio Paulo Roberto Costa se disse arrependido de ter participado do esquema e culpou os "maus políticos" como a origem da corrupção na estatal. "Se essa contribuição (minha) não for profundamente avaliada em todos os níveis, talvez não tenha valido a pena esse sofrimento que eu estou tendo", afirmou. O vagabundo ainda quer se dar ares de herói, de mártir da democracia. Na sessão, o deputado Ônix Lorenzoni (DEM-RS) anunciou ter entrado com um requerimento para convocar o ex-presidente Lula, para explicar as suspeitas de tráfico de influência junto ao BNDES, investigadas pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal.

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