terça-feira, 12 de maio de 2015

A outra empresa fantasma da campanha de Dilma

Gilmar Mendes, que está investigando os 22,9 milhões de reais pagos pela campanha de Dilma Rousseff à gráfica fantasma VTPB, pode aproveitar para investigar também os 23,9 milhões de reais pagos pela mesma campanha petista à Focal Confecção e Comunicação Social. Em dezembro de 2014, a Folha de S. Paulo fez uma importante reportagem sobre a empresa, que não deu em absolutamente nada: "A segunda maior fornecedora da campanha de Dilma Rousseff tem como um dos sócios administradores uma pessoa que, até o ano passado, declarava o ofício de motorista como profissão. Localizada em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a Focal Confecção e Comunicação Visual recebeu R$ 24 milhões da campanha, só ficando atrás da empresa do marqueteiro João Santana, destinatária de R$ 70 milhões. A firma, que declarou serviços na área de montagem de eventos, teve notas fiscais apontadas como irregulares por técnicos do TSE que analisam as contas da petista. Segundo a Folha apurou, o salário registrado de Elias Silva de Mattos, um dos sócios administradores da Focal, era de cerca de R$ 2.000 até o ano passado, como motorista. Ele foi admitido no quadro societário da empresa em 29 de novembro de 2013, com valor de participação de R$ 3 mil. Carla Regina Cortegoso é a outra sócia, com cota de R$ 27 mil. Ambos são sócios e administradores da Focal, segundo documentos da Junta Comercial de São Paulo. Apesar de não figurar na lista de sócios, Carlos Cortegoso, pai de Carla Regina, falou com a Folha em nome da empresa. "Todo mundo tem o direito de ascender na escala social mediante o trabalho e competência", disse. Em 2005, a empresa foi apontada pelo operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza, como uma das destinatárias de recursos do esquema, por indicação do PT. À época, ele disse que a firma recebeu pela venda de camisetas para o partido. Os nomes de Cortegoso e da Focal integravam a lista entregue por Valério à CPI dos Correios, ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal. Segundo a lista, Cortegoso e sua empresa receberam R$ 400 mil a partir de indicação de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT condenado pelo STF no julgamento do mensalão, a exemplo de Valério".

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