quarta-feira, 1 de abril de 2015

Venda da BR Distribuidora foi descartada em reunião do Conselho da Petrobras


O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, declarou na última reunião do Conselho de Administração da empresa que a BR Distribuidora não será vendida. A informação foi dada pelo conselheiro que representa os funcionários da petroleira, Silvio Sinedino. O conselheiro fez uma transmissão ao vivo pelo site YouTube para relatar fatos tratados na última reunião do Conselho, na quinta-feira passada. A petroleira estatal aprovou recentemente um plano para vender 13,7 bilhões de dólares em ativos no biênio 2015 e 2016. Durante a transmissão, Sinedino destacou ainda que a Petrobras tem demitido muitos de seus funcionários terceirizados. O conselheiro também se declarou contra a nomeação do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, ou do presidente da Vale, Murilo Ferreira, para presidir o Conselho de Administração. "Como pode um credor ser o presidente do Conselho de Administração, acho que há um conflito claro de interesses", afirmou Sinedino. Coutinho, que já era conselheiro, assumiu a cadeira da presidência na última reunião do Conselho e permanecerá de forma interina até que Ferreira ocupe a vaga, na Assembléia Geral dos Acionistas, marcada para 29 de abril. Depois disso, Coutinho deve permanecer como conselheiro. Ele também afirmou que a Vale pode ser sócia da Petrobras em algum ativo, o que também poderia configurar conflito. Sinedino disse também que a decisão do membro do Conselho eleito pelos acionistas minoritários, Mauro Cunha, de não concorrer a um novo mandato. Segundo Sinedino, ele e Cunha têm ideologias diferentes, mas ambos querem que a Petrobras se recupere da atual crise e também não concordam com a forma como o Conselho tem tomado decisões. Em nota, Cunha afirmou que deixa o conselho devido a uma "frustração pessoal com a incapacidade do acionista controlador em agir com o devido grau de urgência para a reversão dos inúmeros problemas que trouxeram a Petrobras a sua atual situação". Para Sinedino, o Conselho virou um "homologador das decisões do governo". 

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