quinta-feira, 30 de abril de 2015

Senadores tentam adiar audiência com candidato ao Supremo do MST, da CUT, do PT, de Dilma e do Alvaro Dias

Os senadores prudentes estão tentando adiar a sabatina de Luiz Edson Fachin, candidato do MST, da CUT, do PT, de Dilma e de Alvaro Dias ao Supremo Tribunal Federal. É o mínimo. O doutor é um homem de ideias um tanto estranhas ao regime democrático, penso eu. E também não tem o comportamento o mais ortodoxo. Entre 1990 e 2006, foi procurador do Estado do Paraná, mas também advogou. Parece ser uma mistura indevida entre carne e leite, não é mesmo? Leiam o que informa a Folha. No próximo post, trago novas contribuições de Fachin a um regime que, obviamente, não se parece com a democracia. À noite, vocês terão acesso a novos surtos de heterodoxia deste senhor na área do direito de família — ou do fim da família… Segue o que informa a Folha.
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Uma sessão conturbada na Comissão de Constituição e Justiça marcou a primeira fase de análise da indicação do professor de Direito Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal pelo Senado. Senadores da base e de parte da oposição tentaram manobras que pudessem adiar a sabatina de Fachin, marcada para a próxima quarta-feira (6). Uma questão regimental, porém, fez com que a sabatina aconteça apenas na segunda semana de maio. O tom da sessão desta quarta-feira (29) indica que o nome enfrentará resistências na Casa. Durante a sessão, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) apresentou um requerimento para que o colegiado realizasse uma audiência pública para ouvir entidades jurídicas que pudessem embasar os senadores para a sabatina. Seu argumento é que há ainda dúvidas sobre o magistrado.
Procurador e advogado
A pedido de Caiado foi feito após o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) ter questionado o fato de Fachin ter exercido a advocacia enquanto atuou como Procurador do Estado do Paraná, entre 1990 e 2006, o que seria uma prática proibida por lei. O relator Álvaro Dias (PSDB-PR) não acolheu o questionamento por considerar que o indicado ao STF seguiu uma legislação estadual vigente na época, o que o permitia atuar como advogado. O requerimento para postergar a sabatina foi rejeitado pela maioria da comissão. Votaram a favor apenas os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Agripino Maia (DEM-RN), Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Apesar de ser previsto no regimento, não é comum que uma audiência do tipo preceda uma sabatina de indicação ao Supremo. Com o requerimento rejeitado, o presidente da CCJ, José Maranhão (PMDB-PB), concedeu vista coletiva à matéria. De acordo com regras do regimento interno da Casa, a sabatina pode ser realizada em cinco dias úteis. Com o feriado de 1º de Maio, a sessão poderia acontecer a partir de quinta-feira (7). O dia porém, é considerado ruim porque tradicionalmente os senadores viajam para os seus Estados às quintas, e o quórum para votar a indicação poderia ser baixo. Por isso, é possível que a sabatina aconteça apenas na segunda semana de maio. Por Reinaldo Azevedo

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