quarta-feira, 15 de abril de 2015

Promotoria paulista pede a quebra de sigilo bancário de 22 pessoas ligadas à Santa Casa

O Ministério Público de São Paulo pediu nesta terça-feira (14) a quebra dos sigilos bancário, fiscal e dos cartões de crédito de 22 pessoas, físicas e jurídicas, ligadas à Santa Casa de São Paulo. Segundo uma auditoria contratada pelo governo do Estado de São Paulo no fim do ano passado, a dívida da Santa Casa de São Paulo supera os R$ 770 milhões. Só os débitos com fornecedores superam R$ 100 milhões. No começo do ano a Santa Casa anunciou que demitiria 1.100 funcionários para aliviar as contas. Dias depois, porém, a decisão foi suspensa. Em julho de 2014, a instituição chegou a fechar o atendimento de urgência e emergência por pouco mais de um dia. À época, o hospital alegou a falta de recursos para comprar medicamentos e materiais como seringas e agulhas. Funcionários do hospital - que estão com os salários de novembro e o 13° atrasados - chegaram a cogitar uma greve no fim de março. Decidiram em assembléia, entretanto, não levar a paralisação adiante para "não prejudicar o futuro da entidade nem o atendimento à população", segundo o Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo (Simesp). Ainda assim, estabeleceram um prazo de 30 dias para avaliar a evolução da venda de um imóvel na Avenida Paulista - que o hospital pôs como garantia em um empréstimo com a Caixa Econômica Federal. O dinheiro seria usado para o pagamento dos vencimentos atrasados. Os profissionais também exigem a saída do provedor da instituição, Kalil Rocha Abdalla. Ele chegou a se licenciar do cargo por três meses em dezembro de 2014.

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