quarta-feira, 29 de abril de 2015

Petrobras apresenta sua defesa na Corte de Nova York


Em documento de 76 páginas entregue à Corte do Distrito Sul de Nova York, a Petrobras contestou os investidores que movem uma ação coletiva contra a estatal brasileira alegando perdas com os escândalos de corrupção. Assinado pelos advogados que representam a petrolífera nos Estados Unidos, o texto afirma que a empresa “nunca pagou propina a ninguém” e foi vítima de um “cartel criminoso” envolvendo as maiores construtoras e empresas de engenharia do País. E pede, por fim, que a Justiça considere as acusações improcedentes. A defesa argumenta que o juiz Sérgio Moro, que arbitra o caso no Brasil, já reconheceu que a Petrobras foi “vítima de ações ilegais”, e que as investigações no País não são voltadas para a estatal. “As investigações brasileiras têm demonstrado que a Petrobras foi uma vítima das atividades desse cartel”, diz o documento elaborado pelo escritório de advocacia Cleary Gottlieb Steen & Hamilton. Ainda segundo o registro, excetuando-se quatro diretores que foram afastados – Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Renato de Souza Duque e Nestor Cerveró –, o comando da empresa não tinha conhecimento do esquema. “Os verdadeiros malfeitores aqui são os integrantes de um cartel que desenhou e por anos realizou o esquema, além de políticos desonestos, outros oficiais eleitos que aceitaram pagamentos indevidos e quatro funcionários da Petrobras (de um total de 80 mil empregados)". Santa ingenuidade.... será que essa gente pensa que engana a justiça americana? Derivada de cinco processos abertos por grupos de investidores no fim do ano passado, a ação coletiva foi consolidada pelo escritório de advocacia Pomerantz – eleito o líder do litígio pelo juiz Jed Rakoff – no dia 30 de março. De acordo com os reclamantes, a Petrobras ocultou o esquema de corrupção, causando prejuízos de milhões de dólares a detentores de títulos da empresa com a queda das ações provocada pela deflagração da Operação Lava-Jato pela Polícia Federal. Só o fundo de pensão britânico Universities Superannuation Scheme, apontado por Rakoff como líder da ação coletiva, declara ter perdido US$ 84 milhões em bônus e ações da petrolífera desde 2010. Em sua resposta, a Petrobras pondera que citou os efeitos do escândalo em seus comunicados e num documento de novembro de 2014 em que admitia passar por “um momento único em sua história” por conta das investigações. “As demonstrações financeiras da Petrobras não eram materialmente falsas ou enganosas”, afirma o documento.

Um comentário:

Unknown disse...

Este documento de defesa da Petrobras, deveria correr o mundo de cabo a rabo, demonstrando ao mesmo o perigo que corre um povo quando deliberadamente e criminosamente é mantido na ignorância pela falta de programas educacionais impostas ao longo de sua história. Tornando possivél que governos cada vez mais corruptos e criminosos assumam o poder, para a dominação total de um país.