sexta-feira, 10 de abril de 2015

Petista Fernando Haddad admite atraso em obras por falta de recursos


O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), admitiu nesta sexta-feira que haverá atrasos na entrega de obras públicas na cidade por falta de recursos em caixa. "Pela atipicidade do trimestre, nós tivemos que fazer, obra a obra, uma reprogramação. Estamos retomando de acordo com a garantia que nós temos, ou de repasse ou de reembolso dos recursos por parte do governo federal", afirmou o prefeito, em visita ao canteiro de obras da restauração da Vila Itororó, no Centro da capital. Um novo calendário de obras será definido em junho deste ano, quando a prefeitura espera receber do governo federal os benefícios referentes ao acordo sobre o adiamento da renegociação da dívida dos Estados e município para 2016. Empresas contratadas pela prefeitura estão desistindo de contratos e paralisando obras pela cidade alegando falta de pagamento. O prefeito reconheceu que isso está acontecendo, mas não especificou quais projetos estão sofrendo baixas. Haddad prevê atrasos principalmente nos negócios firmados com apenas uma empresa, pois em casos de consórcio uma ou mais empresas parceiras podem prosseguir com as obras sem a outra. A administração municipal também deve abrir novas licitações, o que pode atrasar ainda mais os cronogramas. Segundo Haddad, o primeiro trimestre de 2015 foi "muito difícil" e "atípico" em função dos ajustes fiscais anunciados pelo governo federal para contornar a crise econômica e também devido à queda na arrecadação municipal. No início deste ano, o Planalto cortou parte da verba destinada a São Paulo por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que comprometeu a capacidade de investimento da cidade. A lista de empreendimentos afetados pelo congelamento dos repasses não é pequena: envolve os 150 quilômetros de corredores de ônibus e as esperadas 55.000 unidades habitacionais, por exemplo. A entrega dessas obras é fundamental para os planos do prefeito, que deve disputar as eleições municipais no próximo ano.

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