quarta-feira, 22 de abril de 2015

Obama diz ter advertido Irã para que não armasse rebeldes no Iêmen

O presidente dos Estados Unidos, o muçulmano Barack Obama, disse nesta terça-feira (21) ter enviado "mensagens muito diretas" ao Irã para que não enviasse ao Iêmen armas que pudessem ser usadas para ameaçar o tráfego marítimo na região. Os iranianos vêm sendo acusados de apoiar a milícia xiita houthi, que tomou largas porções do território iemenita – incluindo a capital, Sanaa – e forçou o presidente Abd Rabbo Mansour Hadi a se exilar na Arábia Saudita. Teerã nega o fornecimento de armas aos rebeldes. Recentemente, o governo americano deslocou navios de guerra para o mar da Arábia ao detectar a presença de um grupo de nove cargueiros iranianos nas proximidades do Iêmen. "Há uma razão pela qual mantemos navios de guerra na região do golfo Pérsico: assegurar que mantenhamos a liberdade de navegação. O que dissemos a eles (os iranianos) é que, se forem entregues a facções dentro do Iêmen armas que possam ameaçar a navegação, isso será um problema. E não mandamos a eles uma mensagem obscura – pelo contrário, foi bastante direta", acrescentou o presidente. Rompidos diplomaticamente com o Irã desde 1980, os EUA e as outras potências reunidas no grupo P5+1 chegaram no início deste mês a um acordo com os iranianos que, se finalizado até 30 de junho, limitará o programa nuclear do país persa e o impedirá de desenvolver armas atômicas. No Iêmen, porém, o apoio dos iranianos aos rebeldes houthis preocupa os EUA – o país sedia a Al Qaeda na Península Arábica, considerada o braço mais perigoso da rede terrorista, e a instabilidade política iemenita pode ter consequências graves para a região.

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