sexta-feira, 3 de abril de 2015

Justiça determina bloqueio de bens de candidato à presidência do Conselho da Usiminas


A Justiça de Santa Catarina decidiu nesta semana pela indisponibilidade de bens de envolvidos em um escândalo sobre desvio de verbas da estatal de energia Celesc, em uma liminar que envolveu o candidato à presidência do Conselho de Adminstração da Usiminas, Marcelo Gasparino. A Celesc é a empresa de energia do Estado. A decisão, emitida pela desembargadora Claudia Lambert de Faria, veio após ação movida no ano passado pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina sobre caso de desvio de aproximadamente 224 milhões de reais da Celesc. Gasparino é um entre 17 réus citados no processo que inclui o vice-governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira. A decisão foi proferida em 20 de março, mas tornada pública nesta semana, dias antes da assembléia de segunda-feira que elegerá o presidente e membros do Conselho de Administração da Usiminas. Representantes da Tempo Capital, gestora de recursos responsável pela indicação de Gasparino ao posto de presidente do Conselho da siderúrgica, preferiram não se manifestar. A votação dos membros do Conselho de Administração, dia 6 de abril, foi agendada em meio à intensa disputa de poder na Usiminas entre os grupos controladores Nippon e Ternium, que desde o final de setembro travam batalhas jurídicas em torno da indicação dos administradores da maior produtora de aços planos do País. A Ternium reclamou nesta quinta-feira do procedimento para a assembleia de acionistas. Ela afirmou que a assembleia deve eleger sete, e não oito, membros do Conselho da Usiminas, sendo três indicados pelo grupo Ternium-Techint, três pelo grupo Nippon e um pela Previdência Usiminas. Para a Ternium, a Nippon tenta "de forma orquestrada e coordenada com certos minoritários" elevar a representatividade no conselho para "desequilibrar a proporcionalidade entre os acionistas controladores" da Usiminas. Em comunicado enviado à siderúrgica, o presidente do Conselho da Usiminas, Paulo Penido, afirmou que não tem obrigação legal de se manifestar antes da assembléia. Porém, Penido comentou que os procedimentos a serem adotados para assembleia serão definidos após "devida ponderação - leve o tempo que precisar - sobre os vários argumentos levantados na reunião do dia 31".

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