quarta-feira, 1 de abril de 2015

Governo Dilma diz que 56 cidades nordestinas estão em situação de colapso devido à crise hídrica

Em mais uma reunião do governo para avaliar a crise hídrica por que passa parte do País, o diagnóstico é que, no Nordeste, há neste momento 56 cidades em situação de colapso, ou seja, há mais de quatro dias sem água. Segundo o governo, há uma operação de carros pipa em curso sendo gerenciada pelos governos estaduais e municipais. No Sudeste, apesar das chuvas de março, o regime de águas foi inferior ao esperado e os reservatórios do Rio de Janeiro e de São Paulo continuam operando abaixo da média. Em relação ao Nordeste, a União pediu um diagnóstico e disse que irá tomar outras medidas com o Exército. Estima-se que até 105 cidades nordestinas podem entrar em situação de colapso. O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, afirmou que na próxima reunião do grupo de trabalho que monitora a crise hídrica dentro do governo, serão avaliadas a situação das obras de 500 poços e sistemas de abastecimento de água em andamento no Nordeste. Segundo o governo, há estudos que indicam que essa seca pode durar um ciclo de três a quatro anos. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que sua equipe elabora um plano de adaptação às mudanças climáticas. O sistema Cantareira, de São Paulo, não recompôs sequer o volume morto, e segue operando com essa reserva de água. E o Sistema do Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, está operando em seu volume útil (portanto acima do volume morto), mas abaixo da média. "Já estamos no mês de transição e, entre agora e junho, as chuvas diminuem muito. As chuvas no Sudeste de outubro a março foram de 70% a 75% dos valores históricos médios", disse Carlos Nobre, do Ministério da Ciência e Tecnologia. O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, explicou que o órgão tem regulado a retirada de água dos reservatórios do Sudeste para evitar o rebaixamento ainda maior de seus níveis. No caso do Cantareira, a retirada de água atual é um terço da retirada em situações normais. A situação do Paraíba do Sul, segundo a ANA, é melhor. O reservatório teve "melhora significativa" e opera a 16% de seu volume útil. Em fevereiro, o volume útil do Paraíba do Sul era zero. Com relação ao ano passado, no entanto, a situação é muito ruim. O reservatório, nesta mesma época, em 2014, operava a 40% de seu volume útil.

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